Na comédia romântica “A Invenção do Amor”, com Guilherme Piva e Maria Clara Gueiros, dirigida por Marcelo Valle, o público acompanha a relação amorosa de um Homo Sapiens com uma Mulher de Neandertal. Ele vive às voltas com mil e uma invenções e, numa crise de ciúmes, resolve inventar o amor. Sua nova invenção faz com que o casal pré-histórico se antecipe no tempo, vivendo situações que marido e mulher só enfrentariam milênios mais tarde. A temporada, que teve início ontem, dia 5, vai até 1º de julho no Teatro Folha, com duas sessões aos sábados, às 22 horas e 23h59; e duas aos domingos, às 18 e 20 horas.
O público acompanha a evolução do amor na história da humanidade, entrando em contato com situações que se repetem nos relacionamentos, independentemente da época. Croc (Guilherme Piva) e Nhaca (Maria Clara Gueiros) vivenciam o que há de mais cômico e dramático nas relações afetivas, um universo do qual nenhum espectador escapa.
A dramaturgia da peça inédita de Alessandro Marson e Thereza Falcão se constrói através da ótica do conflito masculino/feminino, numa linguagem crítica e muito bem humorada, com situações que o público imediatamente se identifica.
No início, o casal de protagonistas vive confortavelmente em sua caverna, na batalha diária pela sobrevivência do mundo selvagem, até que Nhaca, interrompendo uma caçada de mamutes, conta a Croc que está esperando filhote. Ele, um neurótico homem das cavernas, percebe que não quer correr o risco de criar o filhote de outro homem e, na intenção de preservar a sua prole, resolve inventar o amor, com todas as suas condições limitadoras de relacionamento, inclusive a monogamia feminina. Até que Nhaca começa a questionar a monogamia masculina.
Na próxima cena, o público é transportado para o castelo do Rei Salomão que, entre esposas e concubinas, tem à sua disposição mil mulheres. Nhaca entra em cena como a esposa 462 e prova a Croc que o rei não tem condições de manter tantas mulheres em seu harém.
De volta à idade da pedra, Croc inventa que precisa ir para a guerra e Nhaca, agora mãe de nove filhotes, dona de casa e bastante insatisfeita, resolve fechar a porta da caverna e fazer greve de sexo. Com muitas idas e vindas na linha do tempo, o casal vive experiências do vários tipos de amor vistos ao longo de nossa história: o amor idealizado dos príncipes e princesas, o amor juvenil, o amor medieval; a libertinagem e o amor romântico; o feminismo e a castidade; até inventarem a separação e a questão da guarda dos filhotes.
Mas, com tudo, o amor persiste e eles finalmente chegam ao divã para discutir com Dr Freud Flintstone as condições que cercam o homem e a mulher: a fidelidade e a traição, o amor e o sexo, a verdade e a mentira, o desejo e o ciúme
Ingressos: R$ 50,00 (setor 2) e R$ 70,00 (setor 1). Classificação etária: 12 anos. Local: Avenida Higienópolis, 618. Mais informações no telefone 3823-2323 ou no site: www.teatrofolha.com.br.