Como pode uma presidente de um País, quase sério como o nosso, mentir tanto e com a cara mais deslavada do mundo?
Esta semana ela se saiu com mais esta: “essa corrupção na Petrobras não é de hoje, já vem dos anos 90, da época do PSDB, claro, quis dizer do Fernando Henrique. Se eles tivessem combatido, como nós estamos combatendo, a corrupção não chegaria a este ponto”.
Esse é o grande problema. Já se passaram 12 anos e, na verdade, não há mais como lançar a reponsabilidade sobre FHC, mesmo que seja verdade.
Depois de 12 anos, como é possível que um governo como esse que aí está não tenha visto isso e combatido.
Claro que não só viu como participou e beneficiou-se. Todas as delações que aí estão demonstram que o PT foi o único beneficiado, e certamente a mando do próprio Lula e da Dilma. Afinal, o projeto dele era tomar de assalto o País e o controle para sempre, inclusive o “mensalão” já era para isso e graças a ele chegaram até aqui e deveriam continuar se não fosse a ganancia maior e que acabou no “Petrolão”, que é infinitamente maior do que o assalto anterior. Aliás, nem mesmo se sabe exatamente qual é o número, tanto que a nova direção da Petrobras não consegue fechar o balanço, pois não tem um número exato do prejuízo.
Agora, as empreiteiras buscam o “colo” do “paizão”, querem de Lula a ajuda política, até porque já procuraram o ministro da Justiça, o qual, embora negue, com certeza já está se mexendo no sentido de que o juiz Sergio Moro diminua o ritmo, para dar tempo a todo tipo de manobras jurídicas para amenizar os efeitos das penas que recairão sobre os verdadeiros culpados.
Lula continua ativo como nunca. É um político experiente e sem dúvida não deixará seus amigos no ostracismo. Eles apelam para o aspecto social, onde as empreiteiras têm enormes compromissos com seus empregados e com toda cadeia de fornecedores que está sofrendo as consequências de todas essas falcatruas.
O Lula e seu fiel escudeiro e sócio, Paulo Okamotto, estão recebendo os emissários dos empreiteiros investigados na Operação Lava-Jato, todos preocupados com as prisões de seus principais diretores e as consequências financeiras para as empresas e pedem a intervenção do articulador de toda a tramoia que aí está.
Em verdade, no “mensalão”, por debaixo dos panos, ele interferiu e bastante, tanto que só o Marcos Valério está na cadeia, os demais estão todos soltos e sequer chegaram a cumprir um ano de prisão. Agora, nesta nova situação, não tenham a menor dúvida, não haverá maiores problemas, pois os amigos sempre atuarão, afinal, estão todos envolvidos no mesmo crime.
O juiz Sergio Moro não é fácil. A tentativa de empreiteiras de pedir ajuda a agentes políticos já foi por ele condenada ao se referir aos encontros dos advogados com o ministro petista da Justiça, José Eduardo Cardozo, candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal.
Segundo Moro, é uma indevida e mal sucedida tentativa dos acusados e das empreiteiras de obter interferência política em seu favor no processo judicial, sempre com o mesmo discurso de que as empreiteiras e os acusados são muito importantes e bem relacionados para serem processados.
Todavia, o juiz Sergio Moro, tal qual Joaquim Barbosa, é homem do direito, não é político e atua de acordo com a lei. Já os políticos atuam de acordo com seus interesses, então nos parece que esse não é bom caminho.
Quanto à presidente, deveria ela aproveitar para redimir-se perante o povo, apresentando um posicionamento sério e não agressivo, buscando culpar pessoas que deixaram o poder há mais de 12 anos, tentado imputar-lhes responsabilidades que são atuais e só dela como presidente.
Dilma chegou a ser presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Então, enquanto presidente da empresa, já não estava inteirada de tudo, ou será que não participava?
Realmente, de toda essa falcatrua, desta vez eles não escapam. Iludiram o povo durante muitos anos, mas parece que chegou a hora de prestar contas e pagar pelos erros cometidos.