Hoje, o governo demonstra desespero e, aos poucos, vai se dando conta que efetivamente, não tem fim o saco de maldades que perpetram contra a nossa maior empresa e o volume de prejuízos para todos os setores da sociedade. O governo busca saída para evitar que a crise afete o próprio sistema financeiro.
Com certeza, as empreiteiras envolvidas, ao chegar o vencimento dos papéis negociados com os bancos, não terão como pagar. Será um calote monstruoso, poderá causar até quebra de muitos bancos e um rebuliço total no mercado internacional. Segundo o governo, a luz vermelha se acendeu no início deste mês, quando a construtora OAS deixou de honrar parcelas de dívidas no exterior e no País.
A situação piora a cada dia, e na semana passada houve um rebaixamento da nota de crédito das construtoras pelas agências internacionais de classificação de risco, o que significa, ou corte de crédito, ou um aumento absurdo de juros, porque o risco aumentou.
Agora o governo acordou, aliás, não é bem o governo. Ele continua dormindo nos louros da vitória e já pensando na reeleição, sem dúvida, mas é o novo ministro da Fazenda, que está incumbido da árdua tarefa de estabilizar a economia e consertar todos os erros da presidenta Dilma ao longo dos desastrados quatro anos de Guido Mantega. O ministro sabe que o risco dessa crise de crédito é muito séria e precisa ser barrado imediatamente, pois afeta financiamentos para empresas que nada têm a ver com a corrupção na Petrobras, alvo principal das investigações da Polícia Federal.
O Banco Central teme igualmente essa situação, pois as dificuldades de liquidez das empresas podem afetar os bancos provedores de crédito, sendo um problema muito sério para o sistema financeiro. As dívidas das empreiteiras beiram a R$ 130 bilhões na praça. A oferta de crédito no mercado começa a diminuir ou até inexistir.
Os fornecedores da Petrobras, como consequência da crise, enfrentarão um período difícil, aliando-se a isso, a queda do valor do petróleo no mercado internacional o que reduz as receitas do setor; tudo misturado demonstra o que os ladrões ocasionaram.
Como exemplo de consequências, podemos contar o fato de que eu e minha sogra temos dois conjuntos comerciais, no Itaim Bibi; eles estavam sendo negociados para locação a uma empresa de consultoria tradicional, mais de 45 anos de mercado. Sobreveio a crise, após, contrato apalavrado e quase assinado, a empresa desistiu da locação, porque os seus três maiores clientes eram empreiteiras e que haviam sido envolvidas na operação “Lava Jato”; assim, imediatamente, suspenderam todas as negociações.
Vejam, parece uma brincadeira! O que eu e minha sogra temos com a crise da Petrobras, para sofrer as consequências? Nada, absolutamente nada, mas fomos atingidos. Esse é o exemplo mais claro do que poderá acontecer com a economia como um todo. Ninguém escapará das fortes consequencias dessa “ladroagem”. Agora, com certeza, os verdadeiros e reais ladrões, nem estão sendo investigados e todos sabem de quem estamos falando.
Largaram seus principais e fiéis escudeiros nas mãos da polícia e eles saíram de férias, voltaram e estão aí numa boa; sairão ilesos mais uma vez, disso não tenham dúvidas. O Brasil e o povo são os que já estão sofrendo as consequências.
Vejam as ideias do novo ministro da Fazenda para fazer frente a toda crise de governo: aumentar impostos, lógico, sempre é mais fácil e aumentar impostos não atinge só “azelite”, atinge a todos, especialmente os que votaram no governo que aí está.
Tudo que ela, em campanha, condenou, está fazendo: aumentar impostos, aumentar a energia, a água, o transporte e, sem dúvida, o combustível para tentar repor as perdas promovidas pela “grande e maior quadrilha de ladrões da historia deste País e do mundo”.
Infelizmente, vamos suportar mais uma carga pesada para continuar a sustentar esse governo corrupto e ineficaz, e que agora joga todas suas fichas na competência de um ministro que o governo não queria, mas teve de engolir, para não naufragar com os “amiguinhos” que havia escolhido.