Comerciantes e moradores do Tatuapé estão preocupados com o aumento do número de moradores de rua que circulam e dormem em calçadas e imóveis abandonados da região. Como já havia sido publicado, nesta Gazeta, pontos como a Praça Silvio Romero, Largo São José do Maranhão, Praça José Moreno e o prédio do antigo Shopping Chic, fazem parte da lista de locais ocupados esporadicamente ou de maneira permanente por pessoas que vivem nas ruas. Agora, consumidores, pedestres e clientes voltam-se também para algumas agências do Banco Itaú, que têm suas fachadas utilizadas como moradia.
ENDEREÇOS
No Tatuapé, pelo menos duas são motivo de solicitações à Secretaria de Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Uma fica na Rua Antonio de Barros, 224 e a outra na Rua Serra de Bragança, 1.856. Na fachada, sob a marquise ou na área externa dos estacionamentos, os moradores de rua deixam seus pertences pessoais, dormem e ainda fazem suas necessidades fisiológicas. Para os clientes, que em boa parte são proprietários de comércios nas mesmas ruas ou pessoas com a necessidade de efetuar um depósito ou uma retirada nas contas, a questão é grave e delicada.
PARCERIA
Adelson de Souza, por exemplo, que costuma consumir em um supermercado da Rua Antonio de Barros, acredita que um banco como o Itaú teria condições de coordenar uma parceria com a Prefeitura. “No mínimo esses sem-teto teriam um modo de vida mais digno e receberiam a atenção do município e da própria empresa”, analisou. Segundo Souza, principalmente nos fins de semana, fica praticamente impossível usar o caixa eletrônico por conta do cheiro insuportável da entrada.
FORA DO BANCO
Enio Vasconcelos pediu que a empresa também observe a frente da agência da Serra de Bragança. “Sem citar nomes, já disseram que se está do lado de fora do banco, não é de responsabilidade da empresa, mas da Prefeitura em resolver a questão”, acrescentou. Conforme ele ainda, agindo assim o Itaú poderá perder os clientes que tem e não conseguir conquistar outros.
Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria do banco, porém, até o fechamento desta edição, não obteve resposta sobre os casos.

