Sr. redator:
“Se alguém tinha dúvida, dissipou-se: papa Francisco veio para conquistar corações e o dos brasileiros foi a primeira vitória! Um pastor carismático, cheio de amor e de fé, com uma mensagem simples e efetiva, com gestos que falam mais que palavras. Um Papa que atraiu multidões que desafiaram os dias mais frios que os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo já viveram nos últimos 50 anos.
Francisco reconhece que Deus quis que sua primeira viagem internacional fosse para a América Latina, precisamente ao Brasil, nação que tem mais católicos no mundo. E afirma que Cristo ‘bota fé’ nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: ‘Ide, fazei discípulos’. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos.
Também os jovens ‘botam fé’ em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos. A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo. É a janela e, por isso, nos impõe grandes desafios.
Assim começou a Jornada Mundial da Juventude para os olhos de quem vê de longe! Uma jornada construída por voluntários de todos os cantos do mundo, que falam diferentes línguas, mas que têm a generosidade como semelhança. E na jornada estiveram presentes jovens de 175 países, um total de 355 mil inscritos, sendo 220 mil brasileiros, 23 mil argentinos, 10.800 estadunidenses, 9.200 chilenos, 7.700 italianos, 6.150 venezuelanos, 5.500 franceses, e muitos outros.
As mulheres representam 56%. Além da maioria jovem, entre 14 e 25 anos, também temos 10% com mais 45 anos. Quase 128 mil peregrinos estiveram abrigados em casas de famílias e 228 mil em instituições particulares, colégios e clubes.
Como se vê pelos números, centenas de milhares de brasileiros envolveram-se para o sucesso desta Jornada. E o próprio Papa, durante sua viagem, também previa o que encontraria: ‘Vou encontrar os jovens. Eles pertencem à uma família, à uma pátria, à uma cultura e à uma fé. Por isso, eles têm uma riqueza que constitui o futuro de um povo, mas o futuro que é também dos idosos, porque eles são os depositários da sabedoria da vida, da história, da pátria e da família. Um povo tem futuro quando vai para frente com a força dos jovens e dos idosos’.
Pensando no futuro, o papa manifestou sua preocupação com a crise econômica mundial e o risco de desemprego que paira sobre os jovens. E também com a cultura do descartável, que se reflete no preconceito contra os idosos. É necessário promover a cultura da inclusão e do encontro.
O papa Francisco complementou sua viagem apostólica ao Brasil com uma visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Mais uma demonstração de sua devoção mariana convicta. E deixa nela sua esperança: ‘onde tivermos uma cruz para carregar, ao nosso lado sempre está Ela, nossa Mãe’.
Para comemorar a vinda do papa, os Correios lançaram um selo com uma imagem sorridente do papa tendo ao fundo o Cristo Redentor e uma bandeira do Brasil à frente. E a Casa da Moeda do Brasil cunhou uma medalha que traz a imagem sorridente de Francisco e no verso, as imagens da Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro e da Basílica de Nossa Senhora Aparecida.”
Mario Eugenio Saturno
