Sr. redator:
“Acumular reservas financeiras no Brasil é uma tarefa um tanto desafiadora. A participação do governo e os gastos correntes de uma família por vezes consomem todos os rendimentos mensais e não raro avançam pelos meses subsequentes, traduzindo-se em dívidas e pagamentos de juros.
Mas aqueles que conseguem superar a linha que separa tomadores e poupadores acabam se deparando com um problema estrutural. As informações sobre os investimentos mais adequados para preservação e aumento de capital nem sempre estão disponíveis nos veículos de onde se esperaria este serviço: os bancos.
Só as pessoas muito bem informadas, que dedicam tempo e energia para o assunto, conseguem acessar os produtos efetivamente interessantes sob o ponto de vista do investidor. Há os que resolvem, com uma certa dose de voluntarismo, fazer cursos e operar diretamente, dividindo a atenção entre trabalho, família, as notícias e assédios do mercado pelo ativismo de compra e venda de ações, títulos públicos e privados ou derivativos.
Em geral, há uma expectativa de ganho fácil, aliada a promessas de entender gráficos do mercado e fazer fortuna no homebroker. Mas quem realmente compreende a dinâmica de funcionamento do mundo das finanças, rapidamente percebe que a principal fonte de renda é o próprio trabalho e o mercado especializado pode ser um aliado na construção da independência financeira.
Assim, aqueles que ganham mais dinheiro com a própria atividade profissional do que operando no mercado ou fazendo cursos de como investir, encontram os verdadeiros especialistas deste mercado: os gestores de fundo e patrimônio. Sem a pretensão de construir riqueza em meses, periodicamente distribuem seus recursos em diversas estratégias e fazem o controle efetivo do ganho patrimonial, com um prazo de 10, 15 ou 20 anos.
Os motivos para investir dessa forma são vários. O mais comum é acumular para uma futura complementação da aposentadoria, mas também há os que estão planejando a compra de um imóvel ou, ao contrário, acabaram de realizar a venda e não querem imobilizar o dinheiro novamente. Alguns já pouparam o suficiente durante a carreira para viver do rendimento das próprias economias e precisam de um sistema que forneça as informações sobre os principais gestores em diferentes categorias (ações, multimercados, renda fixa etc.).”
Daniel Ávila
