Na última terça-feira, 6, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e o governador Geraldo Alckmin, anunciaram medidas de segurança para combater a onda de violência que aflige os moradores de São Paulo.
Dentro do programa, será criada uma agência de atuação integrada entre as inteligências federal e estadual, feita a transferência de presos e realizadas ações de contenção nos pontos críticos de acesso ao Estado (rodovias, portos e aeroportos). Os governos pretendem, ainda formar núcleos especializados de perícia criminal e analisar a possibilidade de instalar equipamentos de videomonitoramento para ajudar no combate ao uso de crack.
TROPAS FEDERAIS
Alckmin afirmou que foi descartada a necessidade do envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública para atuar em São Paulo. O argumento é de que o Estado possui contingente numeroso, com pelo menos 100 mil homens da Polícia Militar e outros 30 mil da Polícia Civil.
O Governo Federal ofereceu ajuda na área de inteligência de segurança, com apoio da Receita Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com especial atenção aos recursos financeiros das organizações criminosas, por meio da asfixia de suas fontes, com a ação da Receita Federal, Ministério Público e Poder Judiciário.
PRESOS
Com relação à transferência de presos, o ministro confirmou que serão realizadas, mas que não serão informados os nomes dos detentos ou as datas dos deslocamentos por questão de segurança.
A primeira reunião da agência de atuação integrada será realizada amanhã, 12. A agência será composta por representantes federais – polícias Federal e Rodoviária Federal; Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça (Depen/MJ), e Receita Federal – e estaduais – polícias Técnico-Científica, Militar e Civil; secretarias de Segurança Pública, de Administração Penitenciária e da Fazenda; e Ministério Público Estadual.