Desde o dia 31 de julho, as informações de casos de dengue não são mais atualizadas semanalmente pela Prefeitura. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, isso vem acontecendo porque o número de novas notificações na capital apresentou uma queda de 90% nas últimas quatro semanas epidemiológicas, em relação ao período de pico da doença no município.
“Por este motivo, a secretaria fará uma atualização dos casos ainda em análise de 1º de janeiro a 30 de junho e divulgará os números consolidados deste período a partir de 21 de agosto. Também, por estarmos já em fase de baixo nível de transmissão, a secretaria passará a divulgar os dados mensalmente em seu site (www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/), assim como faz a Secretaria Estadual da Saúde”, destacou a nota encaminhada à redação, na quarta-feira, dia 6.
MAIS DE 17 MIL
O último levantamento preliminar realizado pela pasta e divulgado no dia 24 de julho, apontava que o número de novas notificações (casos suspeitos) de dengue na capital apresentou uma queda de 90% entre os dias 23 de março e 3 de maio.
O período foi considerado de pico da doença, quando foram notificados 28.085 possíveis casos no sistema nacional, enquanto que nas últimas seis semanas, 2.892, quase dez vezes menos. Já os números de casos confirmados apresentaram queda de 97,5%. A comparação é com o mesmo período entre março e maio, quando foram confirmados 11.089 casos, contra 229 nas últimas semanas. Até o final de julho, a somatória de registros na cidade era de 17.088.
ÓBITOS
Pelo balanço geral, a secretaria municipal também confirmou mais duas mortes por dengue. Eles são de dois homens, de 43 e de 50 anos, que morreram nos dias 19 e 21 de abril, com registros nos bairros do Tucuruvi e de Itaquera, respectivamente.
Com elas, a cidade passou a somar 12 óbitos, sendo nove deles em abril: de uma criança, um adolescente, um homem e seis mulheres, com registros no Jaguaré, República, Limão, Tremembé, Capela do Socorro e Lapa; e outro de um homem que morreu em fevereiro, com registro no bairro de Perus.
ZONA LESTE
Para se chegar às informações, os dados são repassados pelas unidades públicas e privadas de saúde às supervisões de Vigilância em Saúde que, posteriormente, os transferem ao Sinan – Sistema de Informação de Agravos e Notificação. Do total de casos notificados, 582 foram ignorados.
Até o dia 24 de julho, a situação dos registros nos distritos da Zona Leste era a seguinte: Água Rasa – 157, Aricanduva – 43, Artur Alvim – 62, Belém – 48, Brás – 16, Cangaíba – 89, Carrão – 319, Cidade Líder – 415, Cidade Tiradentes – 49, Ermelino Matarazzo – 121, Guaianases – 30, Iguatemi – 41, Itaim Paulista – 21, Itaquera – 540, Jardim Helena – 32, José Bonifácio – 34, Lajeado – 68, Mooca – 54, Pari – 16, Parque do Carmo – 35, Penha – 147, Ponte Rasa – 124, São Lucas – 88, São Mateus – 59, São Miguel Paulista – 75, São Rafael – 41, Sapopemba – 120, Tatuapé – 51, Vila Curuçá – 43, Vila Formosa – 195, Vila Jacuí – 448, Vila Matilde – 101, e Vila Prudente – 77.
PREVINA-SE
Mesmo com o fim do período crítico, a Prefeitura reitera a importância de manter a mobilização no combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, e que as pessoas fiquem atentas aos sintomas. Esta é a melhor maneira para se evitar mais problemas e o aumento do número de casos no próximo ano.
Por isso, pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia; materiais recicláveis, como tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser colocados em locais que não peguem chuva; e as latas, baldes, potes e outros frascos guardados com a boca para baixo.
As caixas d’água devem ser mantidas fechadas, com as suas tampas íntegras e sem rachaduras, ou cobertas com tela tipo mosquiteiro. As piscinas precisam ser tratadas com cloro ou cobertas e os pneus velhos furados ou guardados em locais cobertos. Lonas, aquários, bacias e brinquedos também não devem ficar expostos à chuva.
Entulho ou objetos inservíveis devem ser cobertos ou destinados aos Ecopontos e também se deve ter muito cuidado com as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas de São Jorge. A água deve ser colocada só na terra.