Quando em 1992, o Departamento Municipal do Patrimônio Histórico (DPH) determinou o tombamento de todos os imóveis da Vila Maria Zélia, criada em 1917, o empreendimento foi considerado inovador. Quatorze anos depois, em 2006, a Prefeitura assinou um convênio com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para realizar a restauração da Vila, que alega problemas no convênio firmado e encerrado em 2010.
NADA FOI FEITO
Em 20 anos de expectativa, desde o tombamento dos imóveis, os moradores afirmam que praticamente nada foi feito. No portal da Sociedade Amigos de Vila Maria Zélia, por exemplo, é possível ver toda a indignação de membros da Comissão de Patrimônio. Flávio Taveira e Margareth Messias dizem que a fábrica de juta e o coreto foram vendidos para uma empresa do ramo de pneus, enquanto a área do campo de futebol foi ocupada por um posto médico. O único local preservado é a Capela São José.
Diante deste cenário o Ministério Público apresentou ação civil pública para obrigar Prefeitura e Estado a adotarem medidas para restaurar e conservar as 117 edificações no Belenzinho.
PROVIDÊNCIA
O promotor de Justiça, Washington Luis Lincoln, autor da ação, sustenta o fato de que nenhuma providência efetiva, para a preservação da Vila, foi realizada após o tombamento. A ação também solicita à Justiça que seja feita, imediatamente, a apuração dos danos em cada imóvel e em todo o patrimônio. A Promotoria solicita à Prefeitura e governo estadual providências quanto as contratações de projetos e restaurações.
Prefeitura e Estado afirmam que não podem ser responsabilizados pela preservação da Vila, pois não são os proprietários da área.