No dia 26 de abril, aconteceu na Igreja São Francisco, em Ermelino Matarazzo, a primeira audiência pública para implantação do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na Zona Leste.
“Esta é uma noite especial porque conseguimos firmar o comprometimento de forças importantes que certamente trabalharão para que este campus seja construído em um prazo recorde”, declarou a reitora Soraya Smaili.
RECURSOS FINANCEIROS
Diante de uma plateia com aproximadamente 400 pessoas, a maioria composta por moradores da região, além de parlamentares e docentes da Unifesp, o secretário de educação superior do Ministério da Educação, Paulo Speller, que representou o ministro Aloizio Mercadante no evento, sinalizou a liberação de recursos para a contratação de docentes e servidores que trabalharão no processo de instalação da universidade.
“Trago as palavras do ministro Mercadante para afirmar que o MEC está do lado de vocês para concretizar a Unifesp na Zona Leste. Gostaria de anunciar que já temos autorizado a disponibilização de 101 docentes e outros 105 funcionários para trabalharem no processo de construção da infraestrutura e elaboração de cursos a serem oferecidos”, disse o secretário sem estabelecer um prazo para que isso seja feito.
OCUPAÇÃO DO TERRENO
A ocupação do terreno de 135 m² na Avenida Jacu-Pêssego, na região de Itaquera, somente poderá ser feita pela universidade após a liberação, por parte da Prefeitura, dos laudos técnicos que garantem as condições mínimas para sua instalação.
Diante disso, a secretária adjunta de Educação da Prefeitura, Joane Vilela, afirmou que esses laudos serão apresentados no prazo de dois a três meses. “A gestão do prefeito Haddad tem o compromisso de construir a Unifesp na Zona Leste para atender as necessidades da população local e de toda a cidade de São Paulo, podem contar conosco”, completou.
AGILIDADE NO PROCESSO
Líderes dos movimentos sociais da região aproveitaram a presença de representantes dos governos federal e municipal, deputados e vereadores para cobrar agilidade e atenção no processo de instalação do futuro campus.
“Demoramos quase cinco anos para conseguir esse terreno e não podemos ficar esperando muito mais. Precisamos ter um cronograma para este projeto e que ele seja cumprido”, alertou Antonio Luiz Marchioni, o padre Ticão, administrador da Igreja São Francisco e um dos principais líderes de movimentos sociais da Zona Leste.
OUTRAS AUDIÊNCIAS
Outras duas audiências públicas estão previstas para esse ano, porém ainda sem datas confirmadas. Uma delas será na Câmara Municipal de São Paulo e a outra na sede da reitoria da Unifesp, na Vila Clementino.
GRUPOS DE TRABALHO
Soraya Smaili lembrou que a concessão do terreno para a construção da universidade é uma conquista da população local, e que os projetos para concretização da Unifesp na Zona Leste serão feitos em parceria.
Além de um grupo de trabalho (GT) formado por 16 pessoas – sendo oito da universidade e oito dos movimentos sociais, que já está discutindo a formação dos cursos a serem oferecidos -, foi anunciada a criação de um outro GT responsável pela implantação de novos programas de Extensão na região, este composto por quatro representantes de cada uma das partes.