O Coletivo Dolores Boca Aberta, vencedor dos prêmios Shell e CPT 2010 de teatro, reforça sua presença no circuito da cidade. Responsável pela trama do emblemático “A Saga do Menino Diamante, Uma Ópera Periférica”, o grupo chega ao Teatro Arthur Azevedo, na Av. Paes de Barros, 955 – Mooca. Aprovado no edital do Prêmio Zé Renato, o espetáculo “Anas, Miquitas, Coras e Outras Mulheres” ocupa os palcos nos dias 15 e 16 de agosto, às 20 horas; e 17 de agosto, às 19 horas. Depois, no mesmo mês, a montagem de “Anas, Miquitas…” seguirá para o espaço Refinaria Teatral, na Rua João de Laet, 1.507 – Vila Aurora. A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados nas bilheterias com até uma hora de antecedência.
ESPETÁCULO
A história de “Ana, Miquitas…” propõe um debate sobre a condição de mulheres trabalhadoras de periferias. As cenas abordam questões como patriarcado, machismo, construção social da mulher, maternidade, o trabalho doméstico, sexualidade e padronização dos corpos femininos.
SINOPSE
Em cena, as atrizes Cristina Assunção, Erika Viana, Nica Maria e Tati Matos revezam narrativas construídas a partir de poemas, memórias e relatos. O poema “Todas As Vidas”, de Cora Coralina, por exemplo, se conecta, de forma sensível, a distintas histórias e mulheres. A direção é de Erika Viana.
BREVE HISTÓRIA
O coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes foi fundado no ano 2000. A trajetória do grupo envolve ações para além do fazer teatral, e agrega no seu corpo artístico múltiplas linguagens, como produção de esculturas e intervenções urbanas, publicação de livros e festivais comunitários. Há mais de 20 anos ocupa e gere um espaço público comunitário, a Ocupação CDC Vento Leste, localizada na Rua Dr. Frederico Brotero, 60 – Cidade Patriarca (Jardim Triana). Durante esse período, o coletivo Dolores segue se consolidando como militante ativo na defesa dos movimentos sociais, movimentos culturais da cidade e é um dos formuladores da lei de fomento à cultura da periferia.