No último dia 31, às 15 horas, membros da diretoria do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Parque São Jorge, moradores e estudantes da região reuniram-se no Largo São José do Maranhão para organizar mais uma passeata pedindo segurança.
De acordo com o vice-presidente do Conseg, Rogério Martins, um dos organizadores do encontro, durante a reunião será feito o cadastro das pessoas, com nome e telefone, além de organizar um manifesto nas redes sociais convidando presidentes de instituições, empresários e comerciantes.
GRUPO NO FACEBOOK
Martins revelou que a passeata terá como objetivo conseguir mais policiais e mais viaturas para a 2ª Cia. do 51º BPM/M, além de também chamar a atenção para a carência da região em matéria de segurança. Em apoio à causa, a moradora Karina Bini criou um grupo no Facebook: “Queremos uma base comunitária da PM aqui no Parque São Jorge” que já conta com 1.256 participantes. Neste grupo é possível postar depoimentos, propostas de soluções para a segurança ou respostas dadas por órgãos públicos.
CONTINUIDADE
Segundo o vice-presidente, há muito tempo os moradores estão esperando uma ação que tenha continuidade. “Os comandantes da 2ª Cia. chegam e depois de alguns meses vão embora. Aí chegam os interinos, que também são diferentes a cada duas ou três reuniões. Ou seja, quando eles começam a se habituar com os problemas, são designados para outros cargos ou outras companhias”, desabafa Martins.
SEM RESPOSTAS
Ele disse, ainda, que quando esteve na reunião do Comando de Policiamento de Área, acompanhado da presidente do Conseg, Izabel Secco Dias, questionou a falta de uma resposta às reivindicações da população. Martins afirmou que a PM vinha sendo alertada há mais de um ano sobre a falta de segurança no entorno da Unip (Universidade Paulista) e de outras ruas próximas. “Se os avisos tivessem sido atendidos antes, poderia ser que a morte da estudante Cláudia Roberta Machado Romão, de 29 anos, fosse evitada”, ressaltou.
RELATO
Para conhecer um pouco da realidade dos estudantes da Unip, a reportagem desta Gazeta conversou com o jovem Eric Silva. Segundo ele, o primeiro problema encontrado na Rua Antonio Macedo é a falta de vagas de estacionamento. Silva ressaltou que quem quiser pagar por uma vaga, com mais segurança, terá de desembolsar cerca de R$ 240,00 no mês. “Por conta do preço pesar no bolso, muitos, como eu, preferem deixar o carro assegurado e instalar um alarme para poder estacionar na rua”, contou o estudante.
CARRO NA RUA
O jovem afirmou também que, por conta de seu carro estar na rua, ele prefere locais mais iluminados – que não são muitos -, como porta de comércios que funcionam até as 23h30 pelo menos. Com relação à presença da CET nas ruas próximas da universidade, Silva salientou existir ações constantes dos agentes de trânsito. “Vejo muitos veículos sendo multados”, avisou. O fato dos agentes da CET estarem presentes na área também está relacionado aos inúmeros pedidos feitos pela população durante as reuniões do Conseg. Quando os fiscais não estavam, os motoristas praticavam os mais variados tipos de irregularidades sem nenhuma preocupação.
MAIS VIATURAS
Por fim, o estudante relatou que a segurança nas ruas próximas melhorou após a morte de Cláudia. “Antes, víamos carros da Polícia Militar passarem esporadicamente pelas vias e considerávamos normal. Agora, é possível ver até dez viaturas circulando. Esse policiamento ostensivo aumenta a sensação de segurança, porém não sabemos até quando permanecerá assim”, finalizou Silva. Quem quiser obter mais informações sobre o dia, horário e ponto de partida da passeata poderá enviar nome e telefone para o e-mail: conseg_parquesaojorge@hotmail.com.

