Na última segunda-feira, 15, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Tatuapé reuniu moradores e comerciantes para debater temas relacionados à segurança, entre outros assuntos. Na oportunidade, os casos de furtos e a continuidade do consumo e venda de drogas em diversas ruas do bairro deram o tom ao encontro, que contou com a presença do delegado titular do 30º DP, João Gilberto Pacífico, do 1º tenente Eric Tudisco, comandante interino da 1ª Cia. do 8º BPM/M, e do inspetor chefe regional da GCM Mooca, Hernane Pereira Meleti.
ARROMBAMENTOS
Uma das moradoras da Rua Serra de Botucatu levantou a questão dos arrombamentos de casas e dos furtos de automóveis. Segundo ela, a falta de policiamento e a má iluminação favorecem a ação de bandidos na rua. A moradora também reclamou da presença constante de usuários de drogas circulando por vias movimentadas do bairro e também se utilizando de praças como ponto de consumo.
INDICADORES
Para o 1º tenente Tudisco, é importante que as pessoas prejudicadas relatem seus casos em boletins de ocorrência, seja no 30º DP ou na 1ª Cia. “Trabalhamos com base em indicadores criminais e, às vezes, por não termos dados formais, deixamos de direcionar o policiamento para determinadas áreas”, explicou. Segundo o comandante interino, são de conhecimento da Polícia Militar os fatos que vêm ocorrendo não só na Serra de Botucatu, mas em outras ruas. Porém, como as informações não constam no sistema de informações da Secretaria de Segurança Pública, as ações da PM acabam não sendo tão rápidas o quanto poderiam ser.
MAPEAMENTO
O 1º tenente também foi claro ao afirmar que não só a Serra de Botucatu sofre com o furto de carros. Em maio, por exemplo, a Rua Euclides Pacheco foi a campeã em furtos, seguida das ruas Professor Pedreira de Freitas e Tijuco Preto. No que diz respeito ao tráfico, Tudisco revelou a existência de diversas áreas mapeadas pela PM, incluindo as ruas Tijuco Preto, Alferes Frazão, Carlos Silva e a própria Serra de Botucatu. “Dentre as nossas dificuldades, está a de ter de manter duas ou mais frentes de trabalho para trabalhar sobre questões muito distintas, mas que afligem os moradores da mesma maneira. Reafirmo nossa preocupação e peço a colaboração de todos com informações”, solicitou o comandante interino.
DELEGADO
No mesmo instante, o delegado titular do 30º DP reforçou a afirmação de que as investigações da delegacia também têm como base aquilo que os moradores puderem dizer. “Para isso, estamos à disposição de todos. A população tem de desfazer o estigma do passado e ver o delegado como alguém responsável por melhorar a segurança na região. Não há porque temer a delegacia, pois somos servidores”, adiantou Pacífico.