Moradores da Rua Dr. Raul da Rocha Medeiros, no Tatuapé, estão preocupados com o aumento do número de invasões a casas na via. Segundo eles, usuários de drogas entram nos imóveis em períodos em que a rua está sem movimento, por volta das 18 horas.
Vizinhos afirmam que, a princípio, os viciados começam a furtar os objetos que estão do lado de fora das casas, como portões, grades, portas de gabinetes onde estão disjuntores e relógio de luz, janelas de alumínio e até maçanetas.
Quando conseguem entrar no imóvel, as mesmas pessoas passam a levar chuveiros, torneiras, pias, gabinetes, espelhos, bacias dos banheiros e tanques, entre outros itens.
Para quem mora na rua a questão é grave, pois qualquer residência pode ser alvo dos ladrões, mesmo estando vazia apenas no fim de semana. O medo maior, neste caso, é que os bandidos furtem, também, objetos pessoais, eletrodomésticos, roupas, entre outros bens de maior valor. “Ou seja, se vamos viajar temos de deixar o vizinho em alerta para qualquer movimentação estranha na casa”, disse Solange de Sousa.
Outra moradora, que preferiu não se identificar, ressaltou o fato da Polícia Militar não conseguir flagrar os assaltantes, por conta da ação ser muito rápida. Frente a esses casos, o comandante da 2ª Cia. do 51º Batalhão, capitão Hélio Ribeiro Carvalho, salientou, por diversas vezes, que o boletim de ocorrência é importante para o direcionamento dos policiais para o local nos dias e horários de maior frequência de drogados. Dessa forma será possível amenizar os furtos e proteger as casas.
Conforme a PM, por se tratar de imóveis particulares, cada proprietário deve se responsabilizar pela segurança de seu bem. Para isso, o mercado disponibiliza câmeras, cercas elétricas, alarmes, entre outros meios para dificultar as invasões. O capitão explicou, ainda, que quando a casa é tomada, seja por viciados ou moradores de rua, a polícia não tem a permissão de entrar na residência. Sendo assim, o dono terá de acionar a Justiça.