Moradores e comerciantes do Tatuapé puderam levar suas denúncias, comentários e reivindicações ao conhecimento das polícias Militar, Civil e de Trânsito, além da Subprefeitura Mooca, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), durante reunião realizada na última segunda-feira, dia 16, na Rua Cantagalo, 339, pelo Conselho Comunitário de Segurança Tatuapé (Conseg 30ºDP).
BADERNA E ANARQUIA
Um dos assuntos tratados no encontro foi a ocorrência de atos de baderna e vandalismo que têm ocorrido com freqüencia nas madrugadas de sábado e de domingo nas praças Silvio Romero e Coronel Sandoval de Figueiredo. “Eles bebem, fazem barulho e ainda quebram as garrafas. E o pior é que há menores entre os que bebem e fazem arruaça”, comentou Inês Martelli, vice-presidente do Conseg, que presidiu a reunião.
Inês observou ainda que, ao tomar conhecimento dos fatos, entrou em contato com o Conselho Tutelar, que poderia tomar providências em relação aos menores. “A resposta que tive foi que, no momento, o pedido não poderia ser atendido pois as equipes atendiam a outras situações”, disse.
Uma comerciante que atua próxima à Praça Coronel Sandoval de Figueiredo reclamou ainda da concorrência desleal que sofre com vendedores ambulantes. “Nós, que trabalhamos de forma correta, não vendendo bebidas a menores, temos como concorrentes pessoas que aparecem com um isopor, vendem bebida a preços mais baixos e sem verificar a idade do comprador”, desabafou a comerciante.
BEBIDA E ARRUAÇA
A soma de bebida e duas áreas de lazer próximas torna difícil o trabalho da polícia. “Conseguimos estabelecer a ordem na Praça Coronel Sandoval de Figueiredo, mas após algum tempo, os arruaceiros se reencontram na Silvio Romero ou em outro ponto do Tatuapé. Estamos atuando, identificando os locais, para diminuir o índice deste tipo de ocorrência”, afirmou o capitão Edson Luiz Bittencourt, que comanda a 1º Cia. do 8º Batalhão, responsável pela área no Tatuapé.

Bittencourt também atentou para o elevado número de roubos de veículos que têm ocorrido na área compreendida pelas ruas Apucarana e Itapura. “Houve uma espécie de surto. É claro que o ideal seria a não-ocorrência destes fatos. Mas, com o apoio do 8º Batalhão, temos conseguido diminuir a incidência e mantê-la a um patamar tolerável”, disse.
CRUZAMENTOS E FARÓIS
Um dos assuntos que sempre causa discussões acaloradas no Tatuapé é a necessidade ou o excesso de semáforos no bairro. Ex-morador da esquina da Rua Itapura com a Tijuco Preto, o morador Antônio Bacic elogiou a recente instalação de um semáforo no cruzamento. “Cansei de ver acidentes, de pequenas e grandes proporções, nesta esquina – o que não se vê mais com o farol”, disse Bacic.
Outros moradores, entretanto, se opõem a instalação de novos semáforos no bairro. “É praticamente um a cada esquina. Trabalho dirigindo pelo bairro e levo um longo tempo para cruzar poucas quadras. O ideal é que os motoristas sejam mais educados, para não termos a necessidade de tantos semáforos para evitar a ocorrência de acidentes”, desabafou o representante comercial Geraldo de Jesus Carvalho.
INVESTIGAÇÃO
O investigador Kleber Wosniak comunicou que o 30º DP já tem mais informações sobre um homem que está cometendo estupros na região compreendida entre as estações Tatuapé e Belém do Metrô. Segundo Wosniak, o indivíduo age nos períodos das 5 às 8 horas e das 19 às 22 horas, principalmente às quartas e domingos.

“Este indivíduo age em uma Van, se aproxima das vítimas perguntando ‘onde fica o Metrô Belém’. Em seguida a rouba e a obriga a acompanha-lo até o local da violência sexual. Já temos o retrato falado e outras informações, que nos leva a crer que estamos próximos de efetuar a prisão”, disse Wosniak, à reportagem da Gazeta.