Com a proximidade do fim do ano, muitos trabalhadores já contam os dias para receber o tão aguardado 13º salário. A primeira parcela deve ser paga até 30 de novembro, e a segunda até 20 de dezembro, conforme determina a legislação. Mas, além de representar um alívio no orçamento, o benefício pode se tornar um importante aliado da saúde financeira — desde que seja bem administrado.
De acordo com o professor Ahmed El Khatib, o uso consciente do 13º começa com o diagnóstico da situação financeira pessoal. “Quem tem dívidas deve priorizar o pagamento, especialmente aquelas com juros mais altos, como cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos consignados. Essa é a melhor forma de reduzir o impacto dos juros e recuperar o equilíbrio financeiro”, recomenda o educador.
FORMA PLANEJADA
Para quem está com as contas em dia, o 13º pode servir a outros propósitos igualmente estratégicos. “O ideal é destinar o valor para uma reserva de emergência, planejar as férias ou aproveitar compras de fim de ano à vista e com desconto. O importante é evitar o gasto por impulso e usar o dinheiro de forma planejada”, acrescenta Ahmed.
O docente alerta para o cálculo do valor, que é simples, o salário bruto é dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano. Quem trabalhou o ano todo recebe o valor integral; quem entrou depois recebe de forma proporcional.
ALÉM DAS COMPRAS DE FIM DE ANO
“Na primeira parcela, não há descontos. Já na segunda, incidem INSS e Imposto de Renda, quando aplicável”, explica Ahmed. “Algumas empresas também permitem antecipar o pagamento durante as férias, caso o funcionário solicite entre janeiro e junho.”
Com planejamento, o 13º pode ir muito além das compras de fim de ano — pode ser o ponto de partida para uma vida financeira mais equilibrada. “Usar o 13º de forma inteligente é uma forma de começar o próximo ano com menos dívidas e mais tranquilidade financeira”, conclui o docente.

