Chefe de quadrilha de hackers que causou prejuízo de R$ 70 milhões em fraudes digitais estava hospedado no Jardim Anália Franco
Um integrante de destaque da principal facção criminosa do Rio de Janeiro que era procurado pela polícia fluminense foi preso pela Guarda Civil Metropolitana na última quinta-feira, dia 30, na Rua 25 de Março, região central de São Paulo, após ser reconhecido pelas câmeras inteligentes do programa Smart Sampa.
Agentes da Inspetoria de Operações Especiais que patrulhavam as proximidades do Mercado Municipal foram acionados e conseguiram abordar Antonio de Jesus Cabral em meio à multidão que circulava pela região diariamente. O homem foi encaminhado ao 8º Distrito Policial – Brás, onde a delegada Letícia Setembrino dos Santos lavrou o Boletim e Ocorrências e o deixou à disposição da Justiça.
FUGA DA MEGAOPERAÇÃO
A megaoperação que teria levado à fuga de Antônio aconteceu nos complexos da Penha, onde ele tinha um QG, e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação contou com mais de 2,5 mil policiais e, segundo dados oficiais, terminou com 121 mortos, 113 suspeitos presos e 118 armas apreendidas.
A polícia agora investiga se o foragido recebeu informações privilegiadas antes da operação e se veio para São Paulo acompanhado de outros comparsas. Antes de ser localizado, a polícia apurou que Cabral se hospedava em prédios de alto padrão no Jardim Anália Franco.
LÍDER DE QUADRILHA
De acordo com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele é apontado como líder de uma quadrilha de hackers especializada em fraudes em concursos públicos. O grupo oferecia cursos preparatórios com acesso a conteúdos sigilosos de provas, causando um prejuízo estimado em R$ 70 milhões.
O criminoso estava foragido desde 2022, quando foi expedido um mandado de prisão preventiva pela 1ª Vara Criminal de Niterói por associação criminosa, violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro. Ele fugiu do Rio antes de uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão.

