Há cerca de dois anos, o comando da PM no Tatuapé apresentou aos moradores de condomínios da região uma nova proposta de segurança: a “Operação Olhos Amigos”. Conforme o projeto, não só funcionários e condôminos seriam treinados para evitar a ocorrência de crimes dentro dos prédios, como os próprios edifícios serviriam como pontos de apoio da PM. Para isso, as polícias Militar e Civil teriam as câmeras como suas aliadas para inibir a criminalidade.
SILVIO ROMERO
Fora dos condomínios, outra discussão ganhou corpo durante as reuniões do Conseg do Tatuapé: a implantação de câmeras no entorno da Praça Silvio Romero. A intenção, com os novos equipamentos, era a de proteger moradores e pedestres que circulam pelo local e em ruas próximas. Na época, a continuidade do projeto também estava atrelada à vontade da Subprefeitura Mooca de apreciar o plano de criação da nova base da PM na praça. Ou seja, quanto mais rápido caminhasse o processo, mais eficiente seria a elaboração de estudos das vias que ganhariam as câmeras.
PQ. SÃO JORGE
No Conseg do Parque São Jorge, a ideia dos equipamentos de segurança chegou a ser cogitada, porém, logo esmoreceu, pois os moradores afirmaram haver problemas mais básicos a serem tratados, como obtenção de mais viaturas e policiais para patrulhar a região, do que a instalação de câmeras.
E A BASE?
De lá para cá, quase nada mudou com relação a esta discussão. A “Operação Olhos Amigos” não ganhou força, bem como a instalação de câmeras ao redor da Silvio Romero. Sobre a reforma da base da PM, a informação da Prefeitura é de que o projeto chegou à Secretaria de Planejamento e de lá não mais saiu. No Parque São Jorge, a situação em termos de segurança ficou tão crítica que os moradores se mobilizaram em duas passeatas, cujos efeitos positivos começam a aparecer.
O OUTRO LADO
A respeito das câmeras de segurança, a assessoria de imprensa da Polícia Militar enviou a seguinte resposta a esta Gazeta: a PM tem, na região do Tatuapé, seis câmeras de videomonitoramento instaladas e mais três em fase de instalação que pertencem ao Projeto “Câmeras nas Marginais”. Os locais de instalação são escolhidos com base em critérios técnicos, de índices criminais e densidade populacional, entre outros.
PREVENÇÃO
Conforme a assessoria, a corporação possui câmeras fixas e câmeras PTZ (que permitem a movimentação da lente pelo usuário), que ajudam na prevenção delituosa através do monitoramento da região de cobertura e também no fornecimento de imagens para fins de investigação criminal. Todo o monitoramento das imagens é feito na sede do Copom São Paulo.
VERBA PÚBLICA
Segundo a PM, o sistema de videomonitoramento foi custeado com recursos financeiros públicos, contratados por meio de processo licitatório e implantado por empresas privadas vencedoras dos certames. Caso queiram, empresas privadas podem ajudar na implantação de câmeras mediante proposta e elaboração de convênios com o Estado desde que, com a finalidade de interesse universal de Segurança Pública. Quanto aos locais onde os equipamentos estão instalados, a assessoria não informou.
De nada adianta a contribuição da população, se quando solicitamos a intervenção da polícia, não temos a resposta com a agilidade necessária para coibir os crimes.