O Parque Linear Rio Verde, que tem entradas pela Avenida Itaquera e ruas Tomazzo Ferrara e Castelo do Piauí, passa por problemas de falta de zeladoria e continuidade de projetos. Criado para ser um polo de formação ambiental, o local não recebe aulas há vários anos. As salas construídas sob a marquize, que seriam direcionadas aos professores, foram transformadas em depósito. Enquanto isso, estudantes da área têm de procupara a APA do Carmo para desenvolver estudos.
SEM AREIA
A mesma dificuldade afeta atletas que procuram um local para treinar. As quadras de futebol de areia criadas no local estão em péssimo estado de conservação. Se areia suficiente, o pouco material passou a se misturar a pedras e terra que serviam para a absorção da água da chuva. O problema inviabilizou a utilização do espaço como deveria ser e afastou os jogadores.
E AS REDES?
Alambrados estão entortados ou enferrujados em algumas partes e as traves não têm redes. Os brinquedos infantis e os aparelhos de ginástica para a terceira idade também precisam passar por revisão. A falta de manutenção poderá causar algum acidente mais grave caso a criança ou o idoso use o equipamento sem saber do problema. Benedita dos Santos, que frequenta o local sempre, disse que o espaço é bom para a família, porém o cuidado deve ser constante.

DROGAS
Outro morador, que preferiu não se identificar, apontou para o problema do uso de drogas. Segundo ele, fica complicado levar os filhos para brincar e ficar sentindo cheiro de maconha. Para o frequentador, os seguranças da empresa contratada não podem fazer muita coisa. Mesmo assim, ele pergunta se a GCM (Guarda Civil Metropolitana) não poderia fazer uma ronda principalmente aos fins de semana, quando tem jogo de futebol no campo.
MEIO AMBIENTE
No portal da Prefeitura está a informação que dentro da infraestrutura do parque estão equipamentos esportivos e de lazer, pistas de caminhadas e grande marquise para abrigar atividades socioambientais. O texto também traz, ainda, o conteúdo de que com objetivo de buscar uma solução que conciliasse as exigências ambientais e urbanísticas da área, o projeto do parque foi desenvolvido para recuperar a vegetação ciliar em grande parte das margens do rio e córrego, contribuindo com a drenagem urbana ao garantir as áreas de preservação permanente do córrego do Rio Verde, afluente do Rio Jacuí.
ETAPAS
Conforme o site, sua implantação ocorre em etapas pela necessidade de desapropriações e remoção de moradias irregulares nas margens do córrego. Conforme a Prefeitura, o lugar possui vegetação composta por gramados, remanescentes de pomar, bosques heterogêneos e árvores isoladas, além de vegetação ruderal nos taludes do córrego. Os destaques ficam por conta das espécies goiabeira, leucena, mangueira, nespereira e pitangueira.
PROMESSAS
Atualmente o parque funciona das 6 às 19 horas. Apesar disso, outras propostas de horário já foram feitas para o espaço. O ex-secretário do Verde e do Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, prometeu em uma visita que o local ficaria aberto 24 horas nos fins de semana. O ex-secretário também firmou o compromisso de deixar as salas sob a marquise abertas à comunidade. Além disso, adiantou que seriam plantadas 300 árvores compatíveis com a região e realizaria um estudo para a construção de uma pista de corrida. Das promessas, só foi cumprido o plantio das árvores e a disponibilização das salas.