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Moradores do Tatuapé criaram um abaixo-assinado virtual “Devolvam nossas calçadas!”. No documento, que pode ser acessado pelo link: https://bit.ly/3OBwY74, os participantes explicam porque sugeriram a retirada das ruas dos equipamentos Ruas SP e parklets.
ESCLARECIMENTO
O Projeto Ruas SP foi autorizado pelo Decreto 59.877/2020. Ele permite que bares e restaurantes ocupem espaços públicos da cidade. A determinação municipal indica, precisamente, a faixa de rua destinada a vagas de estacionamento regular, com mesas e cadeiras para o atendimento dos clientes.
Depois, conforme o manifesto, no caso do parklet o espaço é de uso livre da população. São plataformas de madeira, instaladas em frente a estabelecimentos comerciais, e equipadas com bancos, floreiras, mesas e cadeiras, guarda-sóis, aparelhos de ginástica ou outros elementos de mobiliário urbano com a função de recreação ou manifestações artísticas. O projeto foi instituído por meio do Decreto 55.045/14.
EXTENSÃO DOS BARES
De acordo com os organizadores do protesto, no Tatuapé o projeto se tornou uma extensão dos bares, impedindo o direito dos moradores de caminharem pelas calçadas. Ou seja, além dos estabelecimentos colocarem as mesas e cadeiras nas calçadas, ainda se beneficiam do projeto. Por fim, o abaixo-assinado revela o descontentamento de quem vive na região com a expressão: “Somos obrigados a andar na rua e dividir espaço com os carros. Pagamos um dos IPTUs mais caros de São Paulo e não aceitamos sermos privados das calçadas. Queremos exercer nossos direitos, afinal somos uma sociedade”.
CONSEG TATUAPÉ
A ideia de se criar a publicação surgiu durante a reunião do Conseg Tatuapé. No encontro, várias pessoas demonstraram a insatisfação com os projetos. Principalmente pelo fato dos pedestres serem desrespeitados em seus direitos. Depois foram formulados os argumentos que comporiam a petição.


Além de todas as justificativas acima, ainda retiram vagas para carros, já tão poucas por aqui pois não são removidos em outros horários. Mas, não só bares podem aderir a isso. Qualquer munícipe pode. E aí como ficam os transeuntes? No leito carroçável?
Só vejo apenas interesses pessoais. E o espaço também pode ser usado pela população, ou é exclusivo desses bares? Pelo Decreto, os parklets serão plenamente acessíveis ao público, vedada em qualquer hipótese, a utilização exclusiva por seu mantenedor. Mas não é isso que vemos. Atitude imediata da comunidade.