Em suas edições anteriores, a Gazeta veiculou reportagens sobre os problemas na poda e no plantio de árvores apontado por moradores do bairro do Tatuapé. Segundo os reclamantes, algumas podas teriam sido realizadas de forma irresponsável – interferindo em demasia na estrutura do vegetal. Já os plantios, feitos sem planejamento, estariam resultando em árvores crescendo sob e por entre os cabos de energia elétrica.
LEGISLAÇÃO EXISTENTE
Muitos destas problemas poderiam ser resolvidas caso a administração municipal observasse a lei 14.676, de 2008. A afirmação é do vereador Toninho Paiva (PR) autor do texto, que dispõe sobre a obrigatoriedade da elaboração de calendário anual para o plantio de árvores nas vias e logradouros públicos do município.
“O projeto como propósito adequar a urbanização da cidade através de uma política que discipline o plantio, sem que as ações para a melhora do meio ambiente causem transtornos à população”, afirmou o parlamentar.
VISTORIA PERIÓDICA
Outro projeto de Paiva, que atualmente tramita na Câmara Municipal, pretende determinar uma vistoria periódica nas árvores plantadas em vias públicas. Estas avaliações, segundo o vereador, teriam por objetivo verificar o estado de conservação das árvores, bem como observar se oferecem perigo à fiação das redes elétrica, telefônica e de TV a cabo.

“Seria importante que esta providência fosse adotada, pois é grande o numero de arvores já condenadas e que, com a fúria do vento e das tempestades, acabam caindo e causando uma série de transtornos e prejuízos aos munícipes”, comenta o vereador.
EVITANDO CONFLITOS
Na avaliação de Toninho Paiva, o plantio de árvores na cidade deveria atender a critérios preestabelecidos, sendo eles: no lado em que estiver passando os fios, deverão ser plantadas árvores com porte não superior a quatro metros; no lado oposto, poderão ser plantadas árvores de porte maior, desde que o seu diâmetro não atinja o outro lado.
“Mesmo assim, outro cuidado se impõe: que não causem transtornos e eventuais prejuízos às residências. Sabe-se, por exemplo, que existem árvores de grande porte, cujas raízes acabam danificando passeios e residências”, conclui o parlamentar.