Nos idos do século XIX, o Largo São José do Maranhão ainda não existia. Era apenas um grande terreno com solo pantanoso com picadas e atalhos através das quais caminhavam seus poucos moradores, oleiros e tropeiros em direção ao Ribeirão Tatuapé, que chegavam até o local através da Estrada Velha da Penha.
Conta a história que no local existiam dois pousos (lugares apropriados para o descanso dos viajantes). Em um dessas acomodações, “alguém sentou um oratório, onde, ao entardecer, fazia as suas orações e rezava novenas juntando os vizinhos, tropeiros e viajantes que iam aumentando com o correr do tempo”.
PRIMEIRA MISSA
Com o passar dos anos, o oratório caseiro foi transformado em capelinha em louvor à Santa Cruz, situada nas imediações da atual Rua Arnaldo Cintra com o hoje chamado Largo São José do Maranhão. A primeira missa da região foi celebrada em 1879.
A capela Santa Cruz da segunda metade do século XIX, cujo local em que se encontrava já era conhecido por Maranhão, passou a ser chamada de capela da Santa Cruz do Desterro e a partir de 1904, passou a ser conhecida como capela de São José do Maranhão, desconhecendo-se a razão de tal mudança. No dia 25 de janeiro de 1940 adquiriu a condição de paróquia.
DESENVOLVIMENTO
Importante salientar que o bairro do Maranhão foi se desenvolvendo rapidamente em torno da pequena capela e também pela proximidade com a chamada 6ª Parada da ferrovia, depois batizada de Estação Engenheiro Gualberto, e ficava acima da Avenida da Intendência (Celso Garcia), entre a Rua Antonio de Barros e a atual Estação Carrão do Metrô.
O padre Inácio Guarino, que assumiu paróquia em meados da década de 1950, foi o precurssor da construção e ampliação da nova igreja, que demorou décadas para terminar. O esqueleto da sua torre somente com a escada aparente chamava a atenção podia ser vista de longe. A atual igreja foi a terceira no local. Atualmente, o pároco é o padre Arlindo Teles Alves.