Moradores do Jd. Têxtil programam 3 protestos contra derrubada de árvores pelo Metrô

Moradores do Jardim Têxtil, no Jardim Anália Franco, indignados com a intenção do Metrô de derrubar pelo menos 150 árvores do Complexo Rapadura, para as obras da Linha 2 – Verde, programaram três manifestações. A primeira delas está marcada para o próximo dia 25, das 9 às 12 horas. Já a segunda ocorrerá no dia 27, das 15 às 18 horas. Por fim, os manifestantes também vão se encontrar no dia 1º de março, das 12 às 15 horas. Segundo os organizadores, eles vão se reunir na Rua Angoera, 325 (rotatória). De lá, os protestos seguem na direção da Avenida Eduardo Cothing, 950, e depois retornam para o ponto de partida.

PÁTIO RAPADURA

A preocupação de quem vive no local não está relacionada apenas à proteção da área verde, mas também à possibilidade de que casas sejam demolidas por estarem no traçado das obras. Para o morador Osvaldo Crespo, por exemplo, independente da construção do Pátio Rapadura, que estaria sobre o terreno das árvores, os trilhos já estão desenhados, conforme documentos do Metrô. “O projeto da Linha 2 vinha sendo acompanhado, mas só agora veio à tona a questão do Complexo Rapadura e da Praça Mauro Broco”, afirmou.

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COTONIFÍCIO GUILHERME GIORGI

Crespo declarou, ainda, ser contra o corte de árvores e que irá plantar mais, pois a praça citada precisa de muitas benfeitorias da Prefeitura. Sobre a possibilidade de o Metrô transferir a construção do pátio de manobras para a área em que estava o antigo Cotonifício Guilherme Giorgi, o morador revelou que o local teria sido envolvido em um acordo comercial com a igreja dos Mormons, do Estados Unidos.

ÁREA VERDE IGNORADA

Para Luiz Mazzucca, o Metrô se apoia em respostas padrão. “Infelizmente, a Companhia do Metropolitano está determinada a usar a importante área verde, ignorando completamente o espaço ocioso do cotonifício abandonado”, reclamou. Mazzucca frisou não ser contra a obra, pois milhões de pessoas serão beneficiadas. Porém, lembrou que a fração do terreno do cotonifício pertencente à Prefeitura e ao Metrô é gigantesca.

QUEDA DE CASAS

O morador falou, ainda, sobre a possibilidade da movimentação de terra no entorno da Praça Mauro Broco gerar rachaduras ou a queda de várias casas. “Será construído um túnel equivalente a um prédio de oito andares para baixo. Nas obras da Linha 4, em Pinheiros, sete pessoas morreram e ninguém foi responsabilizado”, apontou Mazzucca.

FALTA DE PLANEJAMENTO

A moradora Elisabeth Cristina Simeone reiterou que, mais uma vez, prevaleceu a falta de planejamento. “Do que adianta falar dos benefícios, ocultando os malefícios aos moradores da região. Como se posicionou o colega, não somos contra o progresso, entretanto, discordamos da derrubada de parte da área verde”, completou.