O Edifício Vital Brazil, um dos prédios mais simbólicos do Instituto Butantan, apresenta sua programação. A construção, que fica em um dos pontos mais altos dos 725 mil m² que compõem o Parque da Ciência do Butantan, também abriga a Biblioteca Científica do Butantan, agora totalmente modernizada.
BIBLIOTECA
A biblioteca, antes usada apenas por estudantes e pesquisadores, foi aberta ao público geral e a visitantes do Parque da Ciência. O espaço foi ampliado e ganhou novos ambientes para palestras, aulas e para pesquisas individuais. O acervo é constituído por cerca de 4.500 obras relacionadas às temáticas de pesquisas desenvolvidas na instituição, em áreas como herpetologia, artrópodes, biodiversidade, saúde pública, medicina, soros e vacinas, biologia, farmacologia, tecnologia, imunologia e patologia – muitos dos títulos são centenários.
CONTATO COM OS LIVROS
O prédio abriga também o Espaço Semear Leitores, projeto realizado em parceria com a Fundação Bunge, que tem o objetivo de estimular o contato de crianças com os livros de maneira prazerosa, incentivando a leitura e promovendo a ampliação do universo cultural infanto-juvenil.
RESTAURAÇÃO
A construção, concebida pelo arquiteto e engenheiro Mauro Álvaro de Souza Camargo, foi inaugurada em 1914 já para abrigar a biblioteca e alguns laboratórios. Ao longo dos anos, se transformou em um cartão-postal, uma espécie de ponto instagramável ao ar livre, já que além da exuberância arquitetônica e a aparência de prédio do início do século 20, ostenta na fachada a inscrição Instituto Butantan, avistada por quem fotografa o prédio de qualquer degrau da imponente escada de acesso a partir do serpentário.
GRANDES SURPRESAS
Todas essas características foram preservadas no projeto de restauração e sua execução trouxe grandes surpresas. Uma delas foi a evidência de pinturas murais escondidas por um forro de gesso. As ilustrações, recuperadas por técnicas de restauro em pintura, revelaram figuras marcantes da ciência, como Edward Jenner (1749-1823), responsável pela criação da vacina da varíola, e Louis Pasteur (1822-1895), cientista que revolucionou o combate a doenças infecciosas. Em um trabalho artesanal e detalhista, foram realizadas raspagens com bisturi para identificar as sete camadas de tinta que escondiam a primeira coloração adotada no prédio. Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 9 às 16h45 (mesmo horário de funcionamento dos museus). Local: Avenida Vital Brasil, 1.500 (próximo à estação Butantã do Metrô).

