O comandante da 1ª Cia. do 8º BPM/M, capitão Ricardo Alexandre Marins de Paula, divulgou, na última segunda-feira, 19, durante a reunião do Conseg do Tatuapé, que o furto de carros voltou a subir no bairro, se comparados os índices de agosto de 2012 (foram 42 casos) com o mesmo mês de 2013 (com 72). Já com relação aos outros índices, ligados aos roubos e furtos de um modo geral, latrocínios, estupros, roubos a bancos e de cargas, o capitão revelou que os números têm melhorado.
COMPONENTES
Segundo o comandante, a PM tem feito operações com base nas estatísticas, porém, a tendência de aumento possui alguns componentes intrínsecos ao bairro. Para o capitão Marins, um deles diz respeito ao fato do Tatuapé ser um bairro residencial, com moradores de alto poder aquisitivo. Outro está relacionado ao número de carros que cada família possui. “Como alguns prédios têm uma quantidade limitada de vagas, os motoristas deixam seus veículos estacionados na porta do edifício”, exemplificou. Um terceiro ponto apresentado por Marins identifica aqueles que deixam seus carros próximos a hospitais ou ao lado de estações do Metrô. Tendências à parte, o capitão completou seu argumento dizendo que ainda cabe às polícias Militar e Civil tentarem detectar se os registros de furtos não têm conexão com o chamado “golpe do seguro”.
DIAS DA SEMANA
O comandante afirmou, com base em seus dados, que os furtos de veículos ocorrem mais as terças e quartas-feiras, durante o dia, e os roubos, nos mesmos dias, só que à noite. Os casos registrados com maior frequência incidem em avenidas e ruas próximas a shoppings e a estações do Metrô, como a Radial Leste, ruas Serra de Botucatu, Monte Serrat, entre outras. Diante destas informações, o capitão Marins destacou o fato dos furtos serem considerados crimes de menor gravidade. Sendo assim, o ladrão tem o direito de pagar uma fiança e ir embora. Com isso, no outro dia ele está de volta à prática do crime, mas em ruas diferentes.
CONSELHO
Sobre um conselho a quem não tem outro local para deixar o carro, senão na rua, o comandante lembrou de uma dica de seu pai: passar uma corrente em volta do banco, passar pelo volante e fechar com um cadeado. Além disso, não esquecer da trava, do alarme e de fazer o seguro, apesar de ser considerado um dos mais caros da cidade. Por fim, Marins insistiu no argumento de que os moradores precisam observar se há alguém suspeito na rua, seja de carro ou moto, e anotar placas e outros dados capazes de ajudar a PM e a Polícia Civil.