Boa parte dos bicicletários continua fechada. Dos 17 que funcionavam em estações do Metrô, apenas quatro continuam prestando o serviço aos ciclistas. São eles: Anhangabaú, Palmeiras-Barra Funda, Guilhermina-Esperança e Butantã. O Instituto Parada Vital, que coordenava o sistema, foi procurado pela reportagem desta Gazeta, mas ninguém atende o número de telefone informado por sua antiga assessoria.
CICLISTAS
Em janeiro, a entidade havia informado que existia a possibilidade dos bicicletários serem reabertos em fevereiro. No entanto, até agora a proposta não se concretizou. Na mesma época, o Metrô revelou que o instituto vinha passando por dificuldades orçamentárias e não conseguiria manter o pagamento de funcionários.
Por enquanto, o prejuízo está nas mãos dos ciclistas que, dependendo de onde moram, não têm como deixar suas bicicletas em um local seguro para ir ao trabalho ou escola de Metrô. A linha vermelha, por exemplo, entre o Tatuapé e Itaquera, tem uma ciclovia que passa por oito estações, contudo, só uma delas está atendendo aos trabalhadores e estudantes que preferem usar o transporte público ao invés do carro.
ROTAS DETERIORADAS
O metalúrgico Enio Vasconcelos criticou o fato de não existir um apoio contínuo por parte dos governos municipal e estadual. Segundo ele, quando surgiu a primeira ciclovia todos queriam andar de bicicleta, havia divulgação do projeto, propostas de melhoria, preocupação com segurança e promessa da criação de interligações entre as ciclovias. Porém, mais de um ano depois, tudo mudou. As rotas ficaram deterioradas em várias partes da cidade, sem manutenção, iluminação e placas de informação.
OPERAÇÃO URBANA
Dentro da Operação Urbana Rio Verde-Jacu, a ciclovia que termina na estação Corinthians-Itaquera, do Metrô, continuaria até o Parque do Carmo, pela Avenida Dr. Luis Aires, Rua Harry Danhemberg, até a Avenida Afonso de Sampaio e Sousa. Apesar da informação ter sido divulgada ainda no governo do ex-prefeito Gilberto Kassab, tudo indica, conforme declarações do prefeito eleito Fernando Haddad, que os novos percursos seguirão por ruas de menor movimento, por conta dos últimos acontecimentos, resultando em mortes de ciclistas.