Crocheteira desde a juventude, Hilda dos Santos, de 78 anos, parou a atividade depois de ter os movimentos reduzidos em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), há quatro anos.
No entanto, essa realidade está mudando desde que começou a participar do grupo “Crochê-tando” que surgiu a partir do gosto pessoal da nutricionista da UBS Vila Palmeiras, Bruna Castro, que integra a equipe multiprofissional da unidade. A proposta é promover um espaço de aprendizado e prática de crochê, e, a partir dele, de fortalecimento de habilidades motoras que podem ficar prejudicadas no processo de envelhecimento. “Algumas participantes diziam que faziam crochê quando mais novas, mas acabaram perdendo essa habilidade. O grupo foi uma forma de retomar essa prática e ajudar em outras atividades cotidianas”, explica a nutricionista.
Inicialmente, Hilda se recusou a participar do grupo, pois acreditava que não ser capaz de retomar a atividade, mas a nutricionista insistiu e agora ela participa. Além de ir retomando o movimento das mãos no vai-e-vem da agulha, a atividade também deu mais autonomia para Hilda, que se antes não andava sozinha por medo de cair.
A capital mantém programa estruturado para acolhimento e cuidado integral deste público, como o Programa Nossos Idosos, presente em todas as UBSs do município. A iniciativa organiza atividades individuais e coletivas, com foco no processo de envelhecimento e no fortalecimento do vínculo do usuário com sua UBS de referência. De acordo com a Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa, o número de pessoas com mais de 60 anos que passam em consultas com profissionais de nível superior (médico e não médico) nas UBSs aumentou de 2020 a 2024, indo de 816.728 para 1.406.382 pessoas.

