Um ano após a última reportagem, esta Gazeta voltou a algumas ciclofaixas e a uma ciclovia no Tatuapé e descobriu que elas estão sem manutenção. A realidade contraria a intenção da Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana de propagar que está investindo na área cicloviária.
O ciclista precisa manter a atenção redobrada se decidir transitar pelas ruas Antonio Alves Barril, Antonio Daminello e Nelo Bini. Nesses locais, alguns motoristas costumam invadir as faixas das bikes caso haja muitos carros estacionados. Os problemas não são maiores, por enquanto, porque a maioria dos ciclistas do bairro ainda prefere pedalar apenas para o lazer.
Para Marcos de Souza, se a Prefeitura decidir apoiar com mais intensidade o plano de que a bicicleta pode ser transformada em meio de transporte, a secretaria responsável terá de iniciar um grande projeto educacional. “Atualmente está difícil comprar a ideia de que seja seguro guiar em meio aos outros veículos. Mesmo as motos costumam desrespeitar os colegas de duas rodas”, criticou.
FALTAM CAMPANHAS

De acordo com Souza, equipes da secretaria teriam de pegar bicicletas e sair para pedalar pelas regiões da cidade. “Seria a única maneira deles constatarem a falta de sinalização, os buracos, a falta de pintura e a inexistência na fiscalização”, declarou. Segundo ele, os ciclistas continuam morrendo, mas a Prefeitura corta gastos, ao invés de gastar em campanhas de proteção a quem pedala.

Na Avenida Vereador Abel Ferreira, a circulação ao lado de caminhões é uma dura realidade. A ciclofaixa que começa na Avenida Salim Farah Maluf e vai até a Avenida Monte Magno desgasta o ciclista pela tensão. Isso porque a divisão entre a faixa dos carros e a pista das bicicletas precisaria estar melhor demarcada, inclusive com mais placas informativas durante o percurso.
BURACOS E RACHADURAS
Os ciclistas que circulam pela ciclovia da Avenida Radial Leste pedem mais atenção principalmente para as pistas e para a iluminação. De Itaquera até o Tatuapé há alguns pontos em que o mato está alto e o piso segue com buracos e rachaduras. À noite, os locais que não podem ser vizualizados pelos motoristas que transitam pela Radial entram na lista dos perigosos. Mulheres sozinhas e idosos procuram evitar os trechos com problemas.