Alguns moradores foram à reunião do Conseg Parque São Jorge para reclamar do aumento do número de furtos e roubos de celulares. Conforme eles, os principais alvos são as pessoas que desembarcam das estações Carrão e Tatuapé do Metrô. Do mesmo modo, quem vive na região também fez o alerta para o elevado índice de furtos e roubos de veículos. Aliás, durante o encontro, ocorrido na última segunda-feira, dia 10, na Unicid, não foram registradas ocorrências relacionadas a furtos de residências, que acontecem com frequência no bairro.
TEMPO PARA SUSPEITOS
De acordo com o capitão Paulo Ivo, comandante da 5ª Cia. do 8º Batalhão da PM, as universidades costumam gerar um grande número de carros nas ruas do Parque São Jorge. “Ademais, muitos estudantes têm o hábito de usar os próprios veículos. No entanto, para economizar, preferem estacionar nas ruas ao redor dos estabelecimentos de ensino. Nesse ínterim, como os automóveis ficam parados nos mesmos lugares por volta de três a quatro horas, os suspeitos usam esse tempo para verificar se há alarmes de segurança, tipo de módulo eletrônico e valor agregado de peças e outros itens, como rodas, por exemplo”, explicou Ivo.
CARROS NAS RUAS
Conforme o comandante, a mesma situação se dá para quem estaciona em vias públicas para utilizar comércios e bares. “Em todos os casos a PM tem dificuldade de descobrir o momento em que o criminoso irá agir. Se mesmo após a abordagem por policiais, a pessoa tiver em mãos uma chave ou aparelho que caracterizaria uma ação direcionada ao furto, tudo é hipotético. Sem a atitude concreta, o indiciado pode argumentar que se trata de ferramenta de trabalho”, esclareceu o capitão. Nesse contexto, ele apontou para a importância da ligação para o 190, pois as informações são cruciais.
DELEGADA ASSISTENTE
Sobre os celulares, a delegada assistente do 52º DP – Parque São Jorge, Fernanda Justino, afirmou que investigadores seguem fazendo operações em lojas de revenda de aparelhos. Segundo ela, estão sendo efetuadas prisões e indiciamentos, tanto por roubo, quanto por receptação. Fernanda avisou aos consumidores e comerciantes que busquem saber a procedência dos telefones antes de adquiri-los. “Uma atitude básica é fazer a consulta do imei do celular. Através do código é possível saber se o aparelho está legalizado”, ensinou. Aproveitando o momento de instrução, a delegada assistente chamou atenção para os crimes de estelionato. “Os casos campeões de registros envolvem transferências via Pix de pessoas fingindo serem parentes das vítimas. Portanto, havendo qualquer indício desse tipo faça um BO”, completou.