Durante anos esta Gazeta apontou os problemas existentes nas calçadas do Clube Escola Tatuapé, nas ruas Monte Serrat, Apucarana e Tijuco Preto. Além das imperfeições do piso, vários buracos faziam os pedestres tropeçarem ou caírem durante a passagem pelo local. Como se não bastassem esses problemas, a Dersa resolveu cortar os passeios, há cerca de um ano, com o objetivo de implantar o projeto “Calçada Verde”. Porém, os calçamentos foram abandonados e os buracos, com barro, passaram a servir como obstáculo e depósito de lixo.
CONFUSÃO
Após várias denúncias de moradores do entorno, a reportagem tentou conseguir respostas com a Prefeitura e também com a Subprefeitura Mooca. Contudo, os órgãos, bem como a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, não se entendiam com relação a quem assumiria a responsabilidade da reforma. Com isso, as reclamações continuaram e, a partir do mês passado, a subprefeitura resolveu assumir a questão e começou a restaurar o passeio.
TAXISTAS
As obras foram iniciadas e, com elas, outros problemas. Pedestres e passageiros que saíam ou seguiam em direção à estação Carrão do Metrô tinham de caminhar pelo meio da rua, pois o lado do meio-fio estava ocupado por carros estacionados. Os taxistas reclamavam que seus clientes também estavam sendo prejudicados, porque havia dificuldade para entrar nos veículos. As reivindicações continuaram até que a subprefeitura passou a entregar os trechos das calçadas concretadas.

INTERTRAVADO
Agora, com quase tudo pronto, surge outra pergunta: por que o órgão não optou pelo piso intertravado, que é mais permeável, ao invés de concretar o piso e só deixar o quadrado onde estão as árvores? Há anos a Prefeitura luta contra a impermeabilidade do solo na cidade, inclusive existe uma lei para punir pessoas ou empresas que construírem sem manter uma parte do terreno capaz de absorver a água. Diante disso, quem está errado?
O OUTRO LADO
A Subprefeitura Mooca informa que a obra na calçada do Clube Escola Tatuapé, é de inteira competência da Secretaria Municipal de Esportes. Porém, devido ao volume de reclamações que recaíam sobre a subprefeitura, e a urgência na resolução do problema, esta administração se colocou à disposição e fez uma obra emergencial decidindo pela colocação de um calçamento convencional, pois não tinha à disposição o piso intertravado. No entendimento da subprefeitura, a calçada comum foi a alternativa mais viável, pois o fluxo naquele local é muito intenso, inviabilizando o conceito de “Calçada Verde” a Dersa.

