Há cerca de um mês a Justiça havia determinado à Prefeitura Regional Mooca que providenciasse a reintegração de posse na área onde atualmente está a Comunidade do Cimento, conjunto de barracos construídos ao lado do Viaduto Bresser e também montados na Rua Pires do Rio. Como na última semana o prazo tinha chegado ao fim, esta Gazeta entrou em contato com a Secretaria das Prefeituras Regionais para obter informações a respeito do encaminhamento que seria dado ao caso.
De acordo com o órgão, as tentativas para solucionar o problema das ocupações no entorno do viaduto Bresser começaram em 2014. Conforme a assessoria, desde o ano passado, a Prefeitura estuda várias alternativas de abrigamento às famílias, optando-se ao final pela instalação de um Centro de Acolhida Especial no bairro do Canindé. A secretaria adiantou, que os preparativos desse espaço estão em andamento, para que esteja concluído no prazo mais breve possível. Por fim, a pasta relatou que as tratativas com as famílias continuam, na expectativa de que elas aceitem essa oferta de acolhimento, visto que já recusaram outras propostas.
O pedido da juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi para que houvesse a reintegração o mais breve possível levou em conta o desespero de motoristas mostrado em imagens registradas em redes sociais. Nelas, pessoas da Comunidade, que saíam correndo na direção dos carros, após serem dispersadas numa ação da Polícia Militar, por conta de uma manifestação, fizeram os condutores retornarem na Rua Pires do Rio pela contramão. Na confusão, muitas pessoas acreditaram se tratar de um arrastão, que mais tarde foi desmentido pela PM.