O Secretário Municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, reuniu no último dia 20 membros dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) da região central e outras lideranças locais para tratar dos problemas relacionados às pessoas em situação de rua. “O nosso foco é propiciar dignidade a essas pessoas que acampam nas ruas encaminhando-as para locais adequados”, afirmou Ortega.
Os principais problemas expostos na reunião foram o grande número de criminosos infiltrados em meio aos moradores em situação de rua. “A Polícia Civil tem atuado para identificar esses que se misturam com usuários de droga para realizar o tráfico e outros crimes. É assustador o número de furtos e roubos praticados por delinquentes travestidos de morador de rua”, afirmou Kleber Torquato, delegado da Seccional Centro.
FATORES QUE LEVAM À RUA
Entre os motivos destacados que levam os cidadãos a viverem nas ruas estão: o alcoolismo, vício em drogas, doença mental e falta de estrutura familiar. A Secretaria de Assistência Social em parceria com a Saúde e a GCM tem atuado na orientação e encaminhamento dessas pessoas, porém muitos não aceitam em razão das regras dos abrigos, sobretudo a que não permite o consumo de drogas.
Outro desafio é tirar o estereótipo dos antigos albergues e mostrar a evolução dos equipamentos públicos. “Gostaria que vocês visitassem os abrigos municipais para ver a evolução desses locais, hoje as pessoas que procuram um abrigo encontram um lugar digno”, ressaltou o Secretário Edsom Ortega.
ABRIGOS OCIOSOS
Em muitos períodos, aproximadamente 2.800 vagas nos abrigos ficam sem ocupação por dia. A Assistência Social possui 90 sócio-educadores que diariamente procuram mostrar a essas pessoas a importância de aceitar apoio social, ir para os diferentes tipos de abrigo ou aceitar um tratamento especializado.
O principal destaque feito pelas lideranças foi quanto à distribuição de comida nas ruas para os moradores de rua, assim como de colchões e roupas. “Quanto mais conforto e facilidade a pessoa tem na rua, menos ela vai procurar as medidas do poder público, infelizmente isso acaba induzindo com que elas não procurem auxilio”, afirmou uma das lideranças comunitárias.