Neste Setembro Vermelho, mês voltado à conscientização sobre doenças cardiovasculares, a Prefeitura de São Paulo ressalta o pioneirismo da capital ao implementar um protocolo para uso de medicamentos trombolíticos para infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC) nos serviços de urgência e emergência da rede municipal de saúde.
De 2023 até junho de 2025, mais de 5.700 pacientes foram beneficiados pelo tratamento integralmente custeado pelo município. A uniformização dos procedimentos reforça o compromisso com a equidade.
TRATAMENTO PRECOCE
Os medicamentos trombolíticos atuam dissolvendo coágulos, restaurando o fluxo sanguíneo e prevenindo danos irreversíveis ao coração e ao cérebro. A janela terapêutica alcança até 12 horas para infarto e 4h30 para AVC isquêmico.
Em São Paulo, o tempo médio porta-agulha é de apenas 30 minutos, índice considerado de excelência. Ainda assim, conscientizar a população sobre sintomas e urgência no atendimento permanece como desafio.
INTEGRAÇÃO E REABILITAÇÃO
Após a trombólise, os pacientes são encaminhados a cateterismo, com 600 procedimentos mensais graças a parcerias público-privadas. Em seguida, iniciam reabilitação precoce nos Centros Especializados em Reabilitação (CERs) com fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
O Hospital Municipal Alípio Corrêa Netto, localizado em Ermelino Matarazzo, aqui na Zona Leste, recebeu o Selo Diamond da Organização Europeia de AVC pelo tempo porta-agulha de 25 minutos. A avaliação contínua por neurologistas e teleneurologistas assegura qualidade e eficiência no protocolo.
HISTÓRIAS DE SUCESSO
Ademir Batista, 67 anos, sofreu um AVC e foi atendido rapidamente. Em menos de um mês, iniciou fisioterapia e já apresenta recuperação significativa dos movimentos e da fala.
“Me sinto bem, dou nota 10 para todos”, afirma Ademir, que parou de fumar dois maços diários após o episódio. Para ele, a agilidade no atendimento foi determinante para a sua recuperação.

