As obras de contenção de talude no Córrego Maranhão, na altura da Rua João Penteado, no Parque São Jorge, seguem abandonadas. Aliás, o muro que separava a via do córrego foi derrubado e depois fechado com chapas de metal. Depois, como o trabalho não foi mais retomado, as proteções foram furtadas e o acesso ao riacho está livre. Segundo o morador André Alves Garrote, é um absurdo o que a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) deixou ocorrer no local.
ABRIGO PARA USUÁRIOS DE DROGAS
Conforme ele, a empresa responsável deixou uma montanha de pedras em frente a uma das casas da rua. Além disso, o material está bloqueando a entrada de duas bocas de lobo. “Ademais, como se não bastassem esses problemas, o terreno aberto é um risco para as crianças que vivem no endereço”, avisou Garrote. Do mesmo modo que há o perigo de acidentes e do aumento de insetos e ratos nas casas, vizinhos ainda sofrem com o fluxo de usuários de drogas e de pessoas interessadas em despejar restos de entulho no lugar.
INDEFINIÇÃO DA PREFEITURA
Ademais, o morador frisou, também, que a indefinição da Prefeitura com relação às obras começou a desvalorizar os imóveis de quem mora próximo ao muro do córrego. “Sobretudo agora, as pessoas não conseguem comercializar as casas, pois não encontram compradores, e ainda são obrigadas a conviver com uma onda de furtos de portões, portas de caixas de luz e de água, maçanetas e até fios das residências”, desabafou.
CÓRREGO CAUSA ENCHENTES
Da mesma forma, como afluente do rio Aricanduva, o córrego está entre os principais responsáveis pela enchente que ocorre na Rua Arnaldo Cintra em dias de chuva intensa. Por isso, moradores vêm pedindo há anos à Prefeitura que faça uma avaliação do local. Aliás, condôminos de dois edifícios existentes na rua tinham alertado a Subprefeitura Mooca para alguns pontos de “estrangulamento” no córrego. Segundo eles, quando a água se mistura ao lixo e entulho, lançados indevidamente no equipamento, há um bloqueio e o consequente alagamento.
O OUTRO LADO
A Subprefeitura Mooca informou que a obra de contenção da margem do Córrego Maranhão tem a previsão de ser retomada na segunda semana do mês de agosto pela mesma empresa terceirizada. Os tapumes instalados no local, que foram furtados, serão repostos com a retomada da obra de contenção. Em relação às pedras, as mesmas serão retiradas com o início do trabalho. Segundo o órgão, o córrego recebe limpeza manual a cada 15 dias. Para a subprefeitura, neste ano, entre janeiro e junho, foram retiradas 24,56 toneladas de detritos dos córregos da região.