Após muitas ações na Justiça, moradores não conseguiram alterar local da obra
Os problemas ambientais já começaram a surgir no complexo do Parque Linear Rapadura, após a derrubada de 145 árvores para dar espaço às obras do Metrô da Linha 2 – Verde. Várias aves tiveram de fugir ou procurar abrigo em outros locais da região do Jardim Têxtil e começaram a aparecer mortas nas ruas. Além disso, telhados de diversas casas estão servindo para a construção de novos ninhos. De acordo com a Companhia do Metropolitano, parte dos 63 mil metros quadrados de área verde, que também divide um sítio arqueológico, receberá um pátio subterrâneo de trens e também acolherá o “tatuzão”, usado nas escavações dos túneis para a extensão do transporte.
A ação é resultado da vitória do Metrô na Justiça perante várias ações civis públicas que foram apresentadas por moradores da região. Desde agosto de 2020, quando o Metrô enviou uma carta aos vizinhos ao parque e à Praça Mauro Broco, avisando que derrubaria 350 árvores, as pessoas vinham lutando para que a empresa pudesse direcionar as obras a um terreno de 400 mil metros quadrados a minutos da área verde em questão. No entanto, a Companhia não voltou atrás e manteve o percurso de um projeto apresentado em juízo, sob críticas. Conforme a assessoria do órgão, a remoção das espécies ocorreu após autorização do Tribunal Superior de Justiça (STJ), Tribunal de Contas do Município (TCM), Cetesb, Iphan e Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão.
O ministro do STJ, Humberto Martins, alegou que o atraso no início das obras vem resultando em prejuízos contratuais de quase R$ 4 milhões mensais, além de uma perda de arrecadação estimada em R$ 35 milhões.
Segundo Martins, sua decisão tomou como base o argumento de que foi feito um detalhamento da obra civil e dos sistemas projetados, fazendo as necessárias adaptações e estabelecendo o traçado da linha, bem como as áreas onde serão localizadas as estações e os entroncamentos subterrâneos, tudo para viabilizar os processos de desapropriação necessários à implementação do Metrô.
Para a moradora Marta Cavalcante, as discussões vão continuar, pois as escavações também deverão gerar atritos entre vizinhos que, certamente, terão suas casas abaladas pela movimentação de terra.
Em nota, o Metrô afirmou ter mantido “diálogo constante com a comunidade e adotou todas as medidas possíveis para minimizar os impactos da obra, inclusive reduzindo de 355 para 145 a quantidade de árvores que serão retiradas da Praça Mauro Broco. Toda a supressão das árvores será feita em dois dias e a compensação será efetivada com o plantio de outras cinco mil novas árvores, além da revitalização do local, que será devolvido à população ao término da obra”.


Depoimento de um experiente funcionário que trabalha há décadas como maquinista dos trens do metrô 🚇 👇😉
“Hoje em dia eu trabalho no Pátio Tamanduateí, ali não haverá mais nenhuma ampliação (como era o planejado), pelo menos por ora já foi descartada essa possibilidade.
O pátio principal dessa linha será em Guarulhos.”
Essa era a importante e raríssima “peça” para montar o “difícil” quebra cabeça da parceria da especulação imobiliária com o governo e prefeitura de São Paulo 😏 Inclusive esse é o mote para a anexação de mais da metade da área do Parque Linear Rapadura 😉 Confira o motivo👇
https://viatrolebus.com.br/2019/12/patio-tamanduatei-devera-ter-expansao-com-a-chegada-da-linha-2-verde-na-penha/
Além da possibilidade de expansão do Pátio Tamanduateí (já em funcionamento na linha verde) um outro grande pátio de trens já está projetado próximo a Marginal Tietê.
A construção do pátio Paulo Freire é fundamental para que a Linha 2-Verde possa operar sem depender da infraestrutura das linhas 1-Azul e 2-Verde. Hoje o ramal possui apenas uma pequena área de manutenção, o pátio Tamanduateí. Quando estiver pronta, a extensão até Penha ampliará a frota de trens em 22 unidades, o que justificaria o novo pátio.
A segunda fase da extensão da Linha 2 compreende cinco estações – Penha de França, Tiquatira, Paulo Freire, Ponte Grande e Dutra – além do pátio. Duas dessas estações, no entanto, estão com os terrenos liberados e poderiam ser objeto de uma futura ordem de serviço caso o governo Doria queira levar o ramal até a ligação com a Linha 12-Safira em Tiquatira, onde também é esperada a chegada da Linha 13-Jade.
Essa hipótese tornaria a Linha 2-Verde ainda mais integrada com o restante da rede além de aliviar parte da demanda da CPTM até o centro. No entanto, o Metrô está às voltas com problemas para liberar o terreno do Complexo Rapadura, onde será iniciada a escavação com o shield.
A área é alvo de uma polêmica sobre a derrubada de árvores e que fez a Justiça suspender as intervenções, o que já impacta o planejamento das obras.
O site enviou questionamento ao Metrô sobre a suspensão, porém, não teve qualquer resposta até a publicação deste artigo.
(*) A fonte de informação acima foi extraída do artigo abaixo que inclusive é da página oficial do Metrô👇 confira.
https://www.metrocptm.com.br/apos-estacoes-metro-posterga-construcao-do-novo-patio-da-linha-2-verde/
O Metrô não ganhou a disputa judicial que ainda não encerrou. O que o Metrô conseguiu, através dos seus caros advogados, foi derrubar a liminar que impedia o início da obra. E no dia seguinte a queda da liminar o Metrô ocupou o parque linear Rapadura e iniciou as obras. No dia 21/06/2021 os moradores do Jardim Têxtil acordaram com o som das motos serras. Foi um dia triste para a região, os moradores assistiram em prantos a derrubada de centenas de árvores com mais de 40 anos de idade, muita delas plantadas e cuidada pelos próprios moradores.
O Metrô é, sem dúvidas, importante para a cidade mas, não daria para construir sem destruir?
São centenas de árvores que estão sendo derrubadas em toda a Vila Formosa para as obras de expansão da linha 2 Verde. O Metrô diz que vai compensar com o plantio de 5 mil árvores mas, não fala que esse plantio será em outro município, distante de São Paulo. Por que não compensar aqui? Temos um terreno ocioso gigantesco na avenida Guilherme Giorgio, por que não utilizar esse terreno para compensar todas as árvores derrubadas na Vila Formosa e também para construir um novo Clube Comunitário (CDC)?
DESTRUIU AQUI, COMPENSA AQUI!
Lamentável a decisão, não houve nenhum diálogo com os moradores, o Governo na contra mão do Meio Ambiente, colocou Abaixo as exuberantes Árvores sadias sem nenhuma poda ou cuidado; os ninhos das aves foram esmagados… Nenhum respeito!!! Vamos acompanhar o que será do restante do Parque Linear, do Córrego. Muito triste! E o terreno sugerido para as obras, continua lá, muito provavelmente para especulação imobiliária.