A Secretaria Municipal de Educação (SME) promove o Concurso Mancala Awelé. A atividade, que faz parte do Programa Jogos de Tabuleiro (PJT), é realizada com o intuito de promover uma política afirmativa de valorização da cultura africana com os estudantes, servidores e ex-alunos da Rede Municipal de Ensino (RME). Os participantes podem se inscrever até o próximo dia 28.
REDES SOCIAIS
Para fazer parte da atividade, os interessados devem confeccionar suas peças, tabuleiros e mantos do jogo e postar nas redes sociais – facebook ou instagram – com a #MancalaAweleSME21, junto do nome completo, escola e série que cursa.
TRABALHOS SELECIONADOS
Serão, ao todo, 13 trabalhos selecionados, sendo 10 na categoria estudante e 3 na categoria de professores, servidores ou ex-alunos. Os nomes dos premiados serão divulgados no dia 2 de julho nas redes da SME, e eles receberão medalhas pelos trabalhos.
OUTROS JOGOS
Com o intuito de criar uma maior representatividade às diferentes culturas e continentes do planeta durante as experiências lúdicas, a RME incluiu no programa o jogo de mancala awelé, representando a cultura africana, o jogo de GO, trazendo a cultura asiática, o jogo da onça, abordando a cultura indígena e americana, e o xadrez, que, apesar de ter surgido na Ásia, tem seu modo de jogar e regras criadas na Europa.
ORIGEM DA MANCALA
A mancala é um jogo de tabuleiro milenar que surgiu no continente africano há mais de 7 mil anos. O desafio é considerado por muitos como a família de jogos mais antiga do mundo. Já foram catalogados mais de 600 tipos de mancalas, sendo a awelé apenas uma delas. O nome “mancala” vem da palavra árabe “nagaala”, que significa “mover”.
VALOR CULTURAL
O jogo possibilita o desenvolvimento do raciocínio lógico e do cálculo com suas inúmeras jogadas e estratégias. Contudo, a mancala não é importante apenas no aprendizado matemático dos estudantes, pois ela tem um alto valor cultural e histórico, que por meio de seus símbolos podem valorizar a cultura afro-brasileira, apresentando a cosmovisão africana.
MAIS QUE UM JOGO
Isis Ridão, pesquisadora de culturas afro-brasileiras, explica que abordar a atividade apenas como um jogo pode ser um erro. Segundo ela, “a mancala além de ser divertida, também veicula valores, tanto os sociais, quanto o modo de pensar numericamente”. A ação abre portas para a educação matemática decolonial e etnomatemática, que desafiam a ideia da matemática como um conhecimento objetivo e defende um ensino da disciplina voltado ao entendimento de diferentes contextos culturais.

