O Museu do Imigrante, localizado na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca, tem uma série de atividades este mês. No dia 27, das 10 às 12 horas, o espaço realizará o “Próxima parada – Territórios de cidadania”. Neste encontro, o Museu da Imigração, o Memorial da Inclusão e o Museu da Diversidade Sexual se conectam por meio da discussão sobre direitos humanos. Os educadores das três instituições convidam os públicos a explorar conexões entre suas temáticas e conversar sobre acessibilidade e direitos.
O projeto “Visitas temáticas – Migrações internas” acontece aos sábados e domingos, às 11 horas, e vai até o próximo dia 28. Durante o encontro são abordados os fluxos migratórios internos e sua relação com a Hospedaria de Imigrantes do Brás.
O “Histórias de pano”, programado para o dia 20, das 15 às 17 horas, é inspirado na tradição das Arpilleras. Nesse projeto, os visitantes são convidados a utilizar retalhos de tecido, tesoura e cola para contar histórias. Vagas limitadas e gratuitas pelo:inscricao@museudaimigracao.org.br.
HOSPEDARIA DE IMIGRANTES

Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram muito mais do que o anseio de refazer suas vidas trabalhando nas lavouras de café e no início da indústria paulista. Nos séculos XIX e XX, os representantes de mais de 70 nacionalidades e etnias chegaram com o sonho de “fazer a América” e acabaram por contribuir expressivamente na história do País e na cultura brasileira. Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques, costumes, comidas e vestimentas.
Inaugurada em 1887, a Hospedaria de Imigrantes se tornou a principal hospedagem destinada a abrigar os imigrantes recém-chegados. Foi no antigo prédio da Hospedaria – hoje sede do Museu da Imigração – que os anseios, angústias e expectativas de mais de 2,5 milhões de pessoas se cruzaram entre 1987 e 1978.
Ao longo de seus 91 anos, a Hospedaria acolheu e encaminhou os imigrantes aos novos empregos. Para isso, o prédio contava com a Agência Oficial de Colonização e Trabalho. Além de alojamento, disponibilizava farmácia, laboratório, hospital, correios, lavanderia, cozinha e setores de assistência médica e odontológica.
Especialmente na década de 1930, a Hospedaria de Imigrantes passou a acolher também trabalhadores migrantes de outros estados brasileiros. Na década de 1970, perdeu sua função original e em 1978 recebeu pela última vez um grupo de imigrantes coreanos, pouco antes de encerrar suas atividades.