Tanto a Secretaria de Mobilidade e Transportes, quanto a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) deixaram os moradores do Tatuapé e Belém na mão com relação à discussão sobre as mudanças feitas no trânsito da Avenida Celso Garcia e nas ruas do entorno.
A proposta de reunir técnicos e moradores em um encontro no Parque São Jorge não se concretizou. O debate combinado no Sindimestres, na Rua Júlio de Castilhos, Belém, não vingou. Por último, a audiência realizada na Câmara Municipal, com a presença do secretário João Octaviano de Machado Neto e vereadores não surtiu o efeito esperado. Segundo o presidente do Conseg Parque São Jorge, Rogério Felix Martins, não houve discussão sobre questões pontuais, como congestionamentos, acidentes, desrespeito às regras de trânsito e a reestruturação da Celso Garcia, antes das alterações viárias.
“Engarrafamentos constantes”
Após as tentativas frustradas, nada mudou e as reuniões não foram remarcadas. O morador Mário Angellin, por exemplo, relatou que o trânsito na região piorou muito. “Depois da alteração na Celso Garcia as ruas do bairro estão totalmente engarrafadas”, criticou. De acordo com a análise de Angellin, não houve um estudo prévio para implantar as alterações. “Parece que simplesmente resolveram alterar na base da tentativa. Como se determinassem: vamos mudar pra ver o que acontece”, reclamou.
Ele disse que levava 10 minutos para ir da Rua Tijuco Preto até a Avenida Celso Garcia, pelo Viaduto Azevedo, mas, agora, demora mais de 30. Se tentar cruzar a Rua Teixeira de Melo, leva mais 30 minutos.
Marcos Menezes Babesco classificou as modificações como absurdas. Para ele, as intenções do vereador que encaminhou a proposta são mais absurdas ainda. “Por enquanto, temos o famoso olhar de paisagem da CET e do secretário de Mobilidade Urbana, além da posição do próprio prefeito fazendo de conta que nada disso é com ele. Essa história ainda vai render muito pano pra manga e seria muito interessante se o tema fosse acompanhado mais de perto”, refletiu.