Nem parece que a Praça Manoel Borges de Souza Nunes, mais conhecida como “Braúna”, no Tatuapé, passou por uma total reformulação em 2014. O resultado obtido pela parceria da então Subprefeitura Mooca com o programa GVT na Praça, do Instituto Elos e a comunidade foi destruído nos últimos três anos.
SUJEIRA
A reportagem constatou, durante visita ao local, que os brinquedos infantis, como a casinha de madeira com escorregador, estão totalmente deteriorados. O material apodreceu por falta de manutenção e parte das ripas, utilizadas para a segurança das crianças, foi arrancada ou quebrou.
Um trepa-trepa, construído a partir da junção de carretéis de madeira, está sujo, pichado e quebrado. O mesmo descaso pode ser visto embaixo da casinha. No lugar tinha dois balanços feitos com borracha de pneu, mas um sumiu e o outro tem problemas.
SEM TEATRO
O balanço maior, com estrutura de madeira e pneus, também carece de reforma. Outro equipamento criado a partir de armações de metal, preenchidas com pneus, para atividades lúdicas, também havia sido destruído, após a retirada de todos os pneus. Ou seja, todos os espaços direcionados às crianças foram abandonados. Até mesmo a miniarena teatral, criada no centro da praça, já não existe mais.
CONVIVÊNCIA
Com relação aos espaços de convivência, a realidade é lastimável. Tábuas de bancos e de mesas estão sendo usadas para queimar em fogueiras. As mesas e bancos redondos, produzidos com pneus, também foram queimados. Os equipamentos que conseguiram resistir mais, apesar da sujeira, foram os de cimento. Nesses a reportagem ainda encontrou pessoas lendo ou conversando.

GINÁSTICA
Os aparelhos de ginástica para a terceira idade estão praticamente todos deteriorados. Faltam pedais, apoios para segurar e molas de sustentação. Algumas peças estão sendo corroídas pela ferrugem. Além desses problemas, não há mais a placa que sinaliza o tipo de exercício realizado pelos aparelhos.
ILUMINAÇÃO
À noite a praça fica deserta, a não ser por conta da presença de usuários de drogas. Essa realidade se dá pelo fato das luminárias estarem em postes tão altos que as mesmas ficam acima das copas das árvores. Com isso, o lugar fica totalmente escuro e praticamente impossível de se transitar com segurança. A falta de luz está fazendo as famílias darem a volta no quarteirão para não correrem o risco de assalto.
HISTÓRIA
Quando surgiu a ideia de reforma da praça, as empresas participantes envolveram moradores e estudantes para tornar o espaço mais atrativo. Todos fizeram parte dos projetos e depois deram apoio à limpeza, pintura, recuperação das áreas verdes, entre outras atividades. Quem chegava ao local encontrava escadarias limpas e coloridas, paredes pintadas e com desenhos criados pela própria comunidade. Na mesma área, as pessoas encontrariam playgrounds e gangorras, além de um minicampo de futebol, entre outras melhorias que, infelizmente, foram esquecidas.