Localizada na Rua Guabiju, 49, a histórica Casa do Tatuapé, datada do século XVII, é uma das 13 construções da cidade que compõem o Museu da Cidade de São Paulo – dentre elas estão a Casa do Grito, no Ipiranga, e o Solar da Marquesa, na Sé.
Construída pelo método de taipa de pilão em meados do século 17, uma curiosidade acerca de seu projeto é o termo “telhado de duas águas”, que a diferencia de outros exemplares remanescentes do período colonial.
Trata-se de uma cobertura composta de dois planos inclinados simetricamente em relação ao eixo principal da construção. A cada um destes planos inclinados que servem para o escoamento das águas pluviais dá-se o nome de água.
RESIDÊNCIA
Com seis cômodos e dois sótãos, a Casa do Tatuapé serviu de moradia a 17 famílias. Seu último morador, Elias Quartim de Albuquerque, explorou o ramo da fabricação de telhas e tijolos, aproveitando-se da proximidade e abundância de matéria-prima oriunda da várzea do Rio Tietê. Em 1945, após a morte de Elias, o imóvel foi comprado pela Tecelagem Textília.
Posteriormente, a Casa do Tatuapé foi adquirida pela Prefeitura e, entre 1979 e 1980, sob responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), em conjunto com o Museu Paulista da USP, foram realizadas pesquisas arqueológicas e obras de restauro foram realizadas.
RECONSTRUÇÃO
Os trabalhos foram realizados de modo a reconstituir algumas paredes, o madeiramento e o telhado. Também foram restauradas as janelas com balaústres e as portas almofadadas. O piso em “terra batida” foi preservado.
Em 1981 a Casa do Tatuapé foi aberta à visitação pública e, em 1991, o imóvel passou por novas obras de preservação. No ano seguinte, a Casa do Tatuapé foi reaberta à população abrigando atividades socioculturais.
MUSEU
Transformado em museu, interessados em saber mais sobre este importante imóvel da cidade de São Paulo podem visitá-lo de terça a domingo, das 9 às 17 horas. Quem passar por lá também poderá conferir a exposição “Zona Leste: Um Novo Olhar”.
Com curadoria da arquiteta urbanista Manoela Rufinoni, a exposição traz painéis, mapas, fotografias, instrumentos musicais e objetos que chamam a atenção pelos aspectos materiais e imateriais da história da ocupação da região leste da cidade.
SERVIÇO
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2296-4330.