No dia 6 de junho comemora-se o Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras. Para chamar a atenção das pessoas sobre a importância da prevenção, o Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Hospital do Tatuapé – HMT – Avenida Celso Garcia, 4.815), promoveu na Unip a “VIII Jornada do Centro de Tratamento de Queimaduras”.
“Infelizmente, ainda temos atualmente uma grande incidência de acidentes domésticos com crianças, de 0 a 12 anos”, contou à reportagem o especialista Vitor Buaride. “O escaldo com água e leite predomina. Numa fração de segundo o acidente acontece. Também é comum as crianças se queimarem com o ferro de passar”, alertou.
“A melhor prevenção é não deixar que as crianças tenham acesso à cozinha. Os adultos também precisam tomar cuidado com a água quente do chuveiro. Muitas pessoas têm em casa torneiras misturadoras e acabam se queimando ao abrir, primeiro, a torneira de água quente. Abra antes a de água fria, depois a quente, para temperar a temperatura e não correr nenhum risco”, indicou o médico.
Os cuidados com o manuseio de fogos de artifício também foram lembrados por Buaride. “Há muitos acidentes nesta época do ano. Os adultos precisam ter prudência ao manusear os fogos e seguir atentamente as normas de segurança.”
SOMENTE ÁGUA
O que fazer quando a queimadura acontecer? “Lave o local somente com água corrente. Depois cubra com um pano limpo e procure imediatamente um centro de referência em queimaduras. Caso não tenha um próximo à sua casa, siga até o pronto-socorro”, ensinou.
Buaride completou: “Muitas pessoas costumam colocar pó de café, manteiga e até clara de ovo no local da queimadura. Não façam isso. Usar pasta de dente é pior ainda. Nada disso funciona. Aliás, dará mais trabalho aos profissionais na hora de realizar os procedimentos indicados para cada tipo de queimadura”, pontuou o médico.
REFERÊNCIA
O Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Hospital Municipal do Tatuapé é considerado referência nacional para esse tipo de atendimento. A unidade, que ocupa um andar inteiro, conta com equipe especializada composta por cirurgiões plásticos e enfermagem.
O atendimento é multidisciplinar e feito também por fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionistas, psicóloga e assistente social. Em média, são atendidos mensalmente no ambulatório 650 pacientes. Na emergência, são 140. O número de cirurgias chega a 40 e são realizadas cerca de 30 internações, por mês.