Desde o fim do ano passado, os problemas envolvendo a presença de moradores de rua na Zona Leste têm aumentado. Em alguns bairros, como Brás, Belém e Tatuapé, a situação tornou-se crônica em alguns pontos. Um deles é a fachada do Hospital Municipal do Tatuapé, local em que vivem cerca de 20 pessoas. Segundo moradores próximos, lá eles dormem, cozinham e às vezes fazem suas necessidades fisiológicas.
CARROÇAS
Outras carroças com entulho, roupas, papelão e objetos foram vistos jogados nas ruas Síria e Santo Elias. Na calçada da Avenida Celso Garcia, os sem-teto têm barracas apoiadas nos alambrados que cercam o HMT. Além desse ponto, o muro da CPTM, em frente à estação Tatuapé do Metrô, também abriga moradores de rua. No lugar eles mantêm seus utensílios domésticos, fogões improvisados em latões, objetos de uso pessoal e até animais de estimação.
A mesma realidade ocorre em ruas do Belém, e nas proximidades do Viaduto Bresser. Neste último local, os homens montaram barracas com lona, plástico, além de barracas de camping.
ACOLHIMENTO
Na época, a Secretaria de Desenvolvimento Social enfatizou a existência de pontos de acolhimento para estas pessoas, como o São Camilo I e o II . Como o primeiro, que ficava na Celso Garcia, fechou, agora só está em funcionamento o da Rua Ivaí, 187 – telefone 2294-8025. Este último fica aberto 24 horas. Com capacidade para receber 200 pessoas à noite e 150 durante o dia, o local oferece banho, jantar, pernoite, café da manhã e almoço. O órgão ressaltou, ainda, que há uma ação de identificação, aproximação, escuta e encaminhamento das pessoas que aceitam ir para a rede de proteção social.