Ainda dizem que são inocentes, que tudo não passou de uma armação, que o plano do PT é democrático, que prezam a democracia e que não querem perpetuar-se no poder.
Quem é e o que quer Hugo Chávez? O que ele tem feito com a Venezuela e quais as pessoas de seu relacionamento? A resposta a cada uma dessas questões já demonstra o que ele é e o que quer: perpetuar-se no poder a exemplo de Fidel e impor a seu povo 50 anos de miséria e de ditadura plena.
Se fizermos as mesmas indagações quanto ao Zé Dirceu, as respostas serão as mesmas, pois de democrata não tem nada; é guerrilheiro mesmo e quer o poder. Se não tivesse sido pilhado no “mensalão”, teria sido o substituto natural do Lula, não a Dilma, e ainda poderá sê-lo. O jogo ainda não acabou.
Todas as manobras que têm sido realizadas com o Supremo Tribunal Federal, as nomeações de ministros inexpressivos como o Toffoli, o próprio Fux, tudo faz parte do teatro rocambolesco na busca já tentada e parece que interceptada de deixar rolar o processo do “Ali Babá e os 40 Ladrões”, prescrever e ninguém ser punido.
Não se contentando na tentativa de tornar o Brasil um país pobre, sob o regime ditatorial sob o jugo de um todo poderoso, até agora Lula, mas futuramente Dirceu, está ele incursando nas Américas, distribuindo conhecimentos e experiências, ao lado de seu companheiro João Santana, o publicitário das campanhas de Lula e Dilma.
Chavez atravessa momento difícil de saúde; queira Deus que se recupere, mas está com dificuldades de conduzir sua campanha à reeleição, para isso precisa mesmo de alguém com muita habilidade e para isso escolheu a pessoa certa e o publicitário correto.
O que mais irrita a todos é o trânsito normal que Dirceu tem no poder. É possível chegar-se a imaginar que em verdade as coisas passam por suas mãos, impossibilitado que está de governar oficialmente. Não há barreiras e no partido, sem sombra de dúvidas, continua o todo poderoso; também salvou o partido com tanto dinheiro que arrecadou para ele.
Agora, na Venezuela, a expectativa é saber se vai criar um “mensalão” para a campanha do Chávez. É bem possível, as coisas lá devem ser até muito mais fáceis, pois com o Chávez comandando o poder há muito tempo, tem muita gente que lhe deve favores. Com certeza, em um regime do Chávez, lá como cá, ninguém ganha uma licitação, um contrato que não tenha “beijado a mão do todo poderoso”.
O cuidado que o Chávez deve ter é com o Zé Dirceu: o homem é muito ligeiro e arisco, vai trabalhar e vai fazê-lo presidente mais uma vez, mas é preciso investigar a que preço; com certeza não será barato; o Zé Dirceu e o amigo João Santana não abraçariam uma causa como essa por pouco.
Na verdade todos são farinha do mesmo saco, logo, eles se entenderão muito bem. Quem sofrerá será o povo da Venezuela: ele é quem continua a pagar a conta e deverá suportá-la por muito tempo. Deveríamos estar felizes, afinal já estamos exportando não só o que temos de bom, mas, também, o que temos de muito ruim.