Problemas gerados por bares localizados na Rua Emílio Marengo, no trecho compreendido entre a altura dos números 103 e 185, resultaram na mobilização de moradores das ruas Mozart de Andrade, Doutor Roberto Reid Kalley e Otelo Rizzo, entre outras. Eles estiveram na reunião do Conseg do Tatuapé, na última segunda-feira, dia 15, para expor os acontecimentos que estão lhes perturbando há algumas semanas.
RUAS FECHADAS
Segundo eles, as ruas próximas aos estabelecimentos e a própria Emílio Marengo ficam praticamente fechadas a partir de quinta-feira, por volta das 20 horas, e continuam assim até domingo. Isso porque o número de frequentadores que chega aos comércios vai além da capacidade e boa parte das pessoas não tem respeito pelos moradores. Muitos clientes dos bares, existentes no trecho correspondente à numeração citada, param seus carros em frente a guias rebaixadas, urinam em portas e portões, e deixam garrafas de bebidas alcoólicas variadas e latas de cerveja sobre as calçadas.
MÚSICA AO VIVO
Conforme os vizinhos, os bares que não têm música ao vivo colocam caixas de som na calçada e criam a própria programação. Enquanto uns bebem, ouvem CDs ou os próprios músicos tocando, outros usam drogas na porta de algumas residências. Quem vive no local afirma que o entorpecente mais comum é a maconha, porém, também é possível ver no chão diversos eppendorfs de cocaína. Como se não bastassem esses problemas, moradores ainda denunciam o sexo na rua.
PASSEIO IMPEDIDO
Outra reclamação teve como foco as mesas e cadeiras. O protesto apontou para os comércios que utilizam praticamente todo o passeio, sem dar chances ao pedestre de caminhar ou ao usuário de cadeira de rodas de circular. Por fim, as pessoas registraram uma série de abusos no trânsito, com motoristas dirigindo alcoolizados e em alta velocidade. Diantes de todos os fatos apresentados, eles pediram a ajuda do capitão Felipe Lima Simões, comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM; da delegada titular do 30º DP, Ana Lúcia de Souza; e de representantes da Subprefeitura Mooca, Guarda Civil Metropolitana (GCM), CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e do Psiu (Programa de Silêncio Urbano).
AUTUAÇÕES
De acordo com a subprefeitura, alguns bares sofreram autuações por estarem ocupando a calçada regularmente. Além deles, outros foram punidos por gerar barulho acima do permitido pela Prefeitura. Ao mesmo tempo, segundo o capitão, a PM foi ao endereço algumas vezes, realizou blitze e encaminhou ao 30º DP alguns dos envolvidos nas irregularidades.
NOVA REUNIÃO
Já a delegada, propôs a realização de uma nova reunião, a parte do Conseg, para buscar soluções com todos os envolvidos na questão. Até mesmo os que não estavam presentes ao encontro. Dessa maneira, ela pretende levar à delegacia, amanhã, dia 22, os moradores, os donos de bares e representantes das instituições capazes de resolver as dificuldades apontadas.