Comunidades como a do Pau Queimado, no Tatuapé, e a Nelson Cruz, no Belém, vêm preocupando os moradores destas regiões. Segundo uma parte deles, as moradias existentes nestes locais são degradantes não só para quem mora, mas para os bairros de uma maneira geral. Além disso, os habitantes que convivem com a realidade das comunidades também se afligem com a possibilidade do aumento da criminalidade.
PAU-QUEIMADO
No caso da comunidade do Pau-Queimado, as pessoas que vivem no entorno são taxativas em afirmar que grande parte da comercialização de drogas em subdistritos como Parque São Jorge, Vila Moreira, entre outros, possivelmente advém daquele local. Os furtos têm aumentado muito em função do consumo de crack, maconha e cocaína, pois, para sustentarem o vício, boa parte dos drogados ataca estudantes, mulheres e idosas. Quando não há essa oportunidade, o foco são as residências. Delas, os viciados levam o que é possível, como roupas dos varais, botijões de gás, portões, interfones, entre outros objetos de fácil acesso.
NELSON CRUZ
Com relação à comunidade Nelson Cruz, a questão parece menos dramática, porém também incomoda. No local costumam haver ações culturais e sociais envolvendo crianças e adolescentes em peças teatrais, apresentações musicais de hip-hop, entre outras. No entanto, alguns casos relacionados a furtos e roubos na região têm levado a polícia até lá na busca de suspeitos. Esses fatos, atualmente, estão mobilizando moradores de casas e apartamentos do Belém, além das próprias polícias Civil e Militar.
O OUTRO LADO
Diante da falta de informações precisas sobre a reurbanização das comunidades ou retirada das famílias, esta Gazeta entrou em contato com a Secretaria Municipal da Habitação. Conforme a assessoria da pasta, a Secretaria está estudando e articulando a forma mais viável de intervenção nos locais. No entanto, ainda não há nada definido.