Esta Gazeta lança a pergunta porque Itaquera, por exemplo, saiu na frente.
Durante entrevistas realizadas ao longo do último mês, o prefeito João Doria Junior destacou que suas promessas de campanha serão colocadas em práticas para colocar a “casa em ordem”. Como um gestor, ele avalia que determinadas medidas devem ser implantadas de imediato, já no início do mandato.
Numa gestão sem formalismos, como ele mesmo gosta de dizer, Doria já destacou que os limites de velocidade tanto nas marginais Pinheiros e Tietê serão alteradas em janeiro para 90km/h, 70km/h e 60km/h, e nas vias acesso para as transversais será mantida a velocidade de 50km/h.
Haverá campanhas educativas, sinalização e orientação para os usuários das vias. As demais velocidades nas áreas internas da cidade serão mantidas como estão, exceto, um ou outro caso, quando necessário, serão mudados.
Do ponto de vista das secretarias, Doria já vinha mencionando a redução das pastas, de 27 para em torno de 20. Entretanto, duas serão criadas: a Secretaria de Inovação e Tecnologia, que ainda não existe e vai cuidar de todo o processo digital e de inovação do Estado de São Paulo, o secretário ainda não foi anunciado; e a Secretaria de Participação e Privatização.
Quanto ao não aumento da tarifa de ônibus em seu primeiro ano de mandato, Dória justificou ser inaceitável um aumento de R$ 3,80 para R$ 4,40 quando a cidade conta com dois milhões de desempregados e três milhões de subempregados que recebem menos do que o salário mínimo e pagam pelo transporte. A Prefeitura terá que fazer subsídios para manter o valor.
SUBPREFEITOS
Fazer a lei ser praticada é outra meta, assim como cuidar da zeladoria da cidade, que vem sendo alvo de muita insatisfação por parte dos munícipes. A proposta do novo prefeito é melhorar a qualidade dos serviços e do atendimento ao público.
Para isso, as subprefeituras passarão a ser “prefeituras regionais”, com orçamento próprio e autonomia. Doria já deixou claro que não haverá mais o loteamento por parte dos vereadores das subprefeituras e que o secretário da pasta já foi indicado: Bruno Covas. Sua missão será cuidar da zeladoria urbana, de maneira descentralizada.
Os gestores serão indicados pelo prefeito. Entretanto, as lideranças dos bairros podem se mobilizar e, junto com entidades locais e moradores, fazer uma espécie de votação para eleger um nome para indicar ao Doria, Vale destacar que o prefeito poderá aceitá-lo ou não.
Certos requisitos, como ser morador do bairro e ter conhecimento de administração, além de estar ciente dos problemas locais, podem ser levados em conta na hora da escolha. Seria esta uma forma de indicar um líder regional para cuidar dos bairros (distritos) com conhecimento de causa. No caso, os pretendentes às subprefeituras Mooca e Aricanduva/Formosa/Carrão, pois o bairro do Tatuapé é dividido entre as duas administrações.
Então fica a pergunta: as lideranças do Tatuapé já estão se mobilizado para agilizar este processo tão importante? Lideranças de Itaquera, por exemplo, há um mês vêm se reunindo para indicar um nome.
Devo ressaltar que São Miguel Paulista, Vila Jacui e Jardim Helena, há muito vinha se articulando, lembrando que esses três distritos, pertencem à Prefeitura Regional de São Miguel Paulista e já entregamos a Carta ao prefeito Dória e sugerimos os nomes para prefeito regional desta prefeitura.
As lideranças locais da Subprefeitura de São Miguel saíram na frente com a “Carta de São Miguel” sugerindo ações de demandas históricas no bairro na área de saúde, infraestrutura, desenvolvimento local, cultural, esporte, lazer, habitação, assistência social e indicação de um nome consensual para a prefeitura Regional.