A previsão de entrega da obra do monotrilho, entre Oratório e São Mateus, com a abertura das nove estações deste trecho, passou para 2018. O novo prazo foi informado pelo coordenador de Relações Institucionais da Secretaria Estadual de Transportes, Renato Amaral, em audiência pública realizada no dia 26 de novembro, no CEU Sapopemba. O evento, da Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal, reuniu aproximadamente 300 pessoas e foi realizado após requerimento apresentado pela vereadora Juliana Cardoso.
DESAPROPRIAÇÕES
Carta do presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo, lida na abertura da audiência, trouxe informações de que para a continuidade das obras até o Hospital de Cidade Tiradentes há necessidade de alargamento das avenidas Ragueb Choffi, Estrada do Iguatemi e Avenida dos Metalúrgicos, com desapropriações de áreas. A carta, porém, não esclarece se Estado ou Prefeitura será responsabilizado pelo projeto, desapropriações e execução da obra para ampliar as avenidas.
ATRASOS
Conforme informações da assessoria da vereadora, esse é o terceiro adiamento da entrega da obra até São Mateus. A previsão inicial era para 2011. Depois foi prorrogado para maio de 2012. O atraso na obra do monotrilho e a desistência do prolongamento até Cidade Tiradentes, anunciado pelo governo do Estado, em agosto, não foram os únicos alvos das críticas dos especialistas e do público durante a audiência.
METRÔ
De acordo com o professor e urbanista Marcos Kiyoto, a escolha desse modal, em vez do metrô, é tecnicamente questionável e foi feita de forma política, já que o monotrilho não amplia ou cria novos percursos.
Evaristo de Almeida, especialista em mobilidade urbana, afirmou que uma cidade com quase 12 milhões de pessoas deveria ter o metrô como principal meio de transporte. O especialista ainda destacou que o monotrilho é um sistema de média capacidade. “Em Los Angeles, num trajeto de 20 km ele transporta 25 mil passageiros/hora sentido. Já o governo do Estado propôs criar o monotrilho de alta capacidade, para transportar 48 mil passageiros por hora/sentido ou 500 mil diariamente, o que não existe em nenhum lugar do mundo”. Para a vereadora, o governo precisa ouvir a população sobre a conclusão das obras. “Por isso, iremos acompanhar o processo até o fim”, prometeu.
Culpa da Dilma!!!!!!
Culpa da Dilma