Moradores do Tatuapé foram à reunião do Conseg, na última segunda-feira, 19, no Colégio Amorim, para cobrar uma postura mais enérgica da Subprefeitura Mooca com relação aos bares que funcionam de maneira irregular. As pessoas que residem junto à Rua Emília Marengo, cujas casas estão nas ruas Mozart de Andrade, Cândido Lacerda, Otelo Rizzo, entre outras, voltaram a se queixar da bagunça promovida principalmente por dois dos estabelecimentos comerciais da via.
GARANTIA
A indignação delas era ainda maior porque há exatamente um mês havia ocorrido uma reunião com a delegada titular do 30º DP – Tatuapé, o comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM, capitão Felipe Lima Simões, funcionários da subprefeitura, o chefe de gabinete e o próprio subprefeito, Evando Reis. Na oportunidade, os vizinhos à balbúrdia tinham recebido a garantia de que ações seriam tomadas.
ILEGALIDADE
No entanto, conforme os moradores, há cerca de 15 dias a fiscalização esteve na Emília Marengo, encontrou uma grande quantidade de mesas e cadeiras nas calçadas, mas não a retirou. Na verdade, os agentes deixaram os comerciantes guardarem os equipamentos, sem represálias pela possível ilegalidade. “Isso ocorreu numa sexta-feira. Quando foi no sábado, de manhã, os obstáculos estavam todos no calçamento novamente, atrapalhando a vida dos pedestres”, avisou Nivaldo Monare.
DESORDEM
Com relação ao barulho e a desordem, as duas questões só aumentaram no período. Monare afirmou que o número de pessoas é tão grande, que os bares contrataram um segurança para controlar o fluxo de veículos. “Quando os carros chegam, ele pede aos clientes para abrirem passagem e depois todos voltam ao lugar. Sobre o uso de drogas, é impossível conviver com o enorme número de usuários de maconha. Eles se espalham pelos passeios dos imóveis, em frente as portas ou janelas e fumam durante a noite e de madrugada”, alertou.
Até os donos de bares vizinhos reclamaram da queda do número de clientes deles por conta do tumulto que se forma na Emília Marengo. Segundo ele, as pessoas acabam preferindo ir para outro lugar do que enfrentar o grande volume de homens e mulheres acumulado junto à Rua Mozart de Andrade.
POLICIA MILITAR
Nas manhãs de sábado e domingo as portas das casas ficam lotadas de garrafas quebradas, pinos de cocaína e lixo. Além disso, o cheiro de xixi é intolerável, pois os frequentadores do “pancadão” transformam as fachadas das residências em banheiro público. Vários moradores disseram que a Polícia Militar tenta cumprir com a parte concernente a ela, revistando as pessoas, pedindo documentos e autuando e guinchando veículos estacionados irregularmente.
Para o capitão Lima, o caso está mais vinculado à subprefeitura do que propriamente à polícia. “Nós combatemos o crime e não possuímos ferramentas capazes de conter irregularidades administrativas. Cabe à PM dar todo o apoio para que os agentes de fiscalização cumpram o papel deles”, explicou.
SUBPREFEITO
No tocante à questão, a reportagem entrou em contato com o subprefeito Evando Reis. Ele afirmou que a fiscalização nos bares da região está sendo realizada normalmente pela força tarefa criada para tal (PM, GCM, Subprefeitura Mooca, fiscalização, Polícia Civil, Psiu e CET). Conforme Reis, as autuações estão sendo feitas de acordo com a legislação.