Moradores das ruas Mozart de Andrade, Otelo Rizzo, Adrianópolis e Cândido Lacerda, travessas da Rua Emília Marengo, voltaram a buscar um acordo com os donos de bares localizados na referida via. A tentativa se deu durante reunião do Conseg do Tatuapé porque após o fechamento de um dos estabelecimentos, outros passaram a se destacar quando começaram a gerar barulho numa altura acima dos decibéis permitidos em lei.
ALTURA DO SOM
A discussão se deu por conta de períodos em que a altura do som, fosse ele ao vivo ou gerado por aparelhos de CD e DVD, extrapolava o bom senso, conforme os vizinhos. Segundo eles, principalmente de quinta-feira a domingo, era impossível assistir televisão ou conversar dentro de casa em alguns momentos. Visto que mesmo fechando um dos comércios, após intervenção da fiscalização da Prefeitura e da própria PM, o barulho continuou, as pessoas voltaram ao Conseg para registrar o descontentamento.
DONOS DE BARES
O importante para elas é que pelo menos dois dos proprietários de bares estavam presentes e no mesmo dia se dispuseram a ajudar. A partir da postura dos empresários, os vizinhos decidiram estabelecer acordos relacionados a condutas de funcionários, gerentes, donos e grupos musicais ou cantores contratados pelos bares. O princípio primordial, apontado pelos moradores, era o de que os estabelecimentos não competissem entre si para ver quem atingia o maior número de pedestres com o som.
DELEGADA
A delegada titular do 30º DP, Ana Lúcia de Souza, e o comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM, capitão Felipe Lima Simões, chegaram a solicitar aos comerciantes que fizessem um teste desligando os aparelhos de som. Apesar de um dos empresários discordar, alegando que provavelmente perderia clientes, a delegada mostrou ter conhecimento de causa, pois também mora próximo a bares. “O segredo é chegar a um meio termo, com as duas partes envolvidas tentando ceder em algum ponto. É preciso lembrar que muitas regiões do Tatuapé têm movimento e são menos perigosas por causa do comércio. Sendo assim, é necessário verificar onde está o erro e consertar”, explicou Ana Lúcia.
CAPITÃO
Para o capitão Lima, a condição atual da Rua Emília Marengo melhorou cerca de 90%, diante das centenas de frequentadores que fechavam a via, amassavam os carros, lançavam garrafas uns nos outros e destruíam os próprios estabelecimentos. “Agora cabe a mediação dos conflitos e negociação por meio de argumentos, sem a ação da PM ou da Prefeitura. Caso a fiscalização municipal puna algum dos bares, a multa por barulho pode chegar a R$ 32 mil”, avisou.