Motoristas que circulam pela Avenida Radial Leste, sentido centro, se utilizam de um recuo criado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que fica à direita, logo após a estação Tatuapé do Metrô. A maioria das pessoas estaciona no local para embarque e desembarque de passageiros, para aguardar parentes ou amigos que utilizaram o transporte público até a região ou para aguardar o término do horário de rodízio.
SINALIZAÇÃO
Como a fiscalização não é constante, em determinados momentos do dia é possível ver uma fila de veículos no espaço com o pisca-alerta ligado. Apesar de parecerem estar com algum tipo de avaria, os carros são estacionados por praticidade, pois não há onde parar. Nos fins de semana, condutores chegam a fechar o veículo para ir ao ponto de ônibus mais próximo ou até a estação para encontrar outras pessoas. Caso não queira ser autuado, o motorista terá de descer o acesso e contornar à direita, sentido shopping. Do outro lado, sentido bairro, há vagas de Zona Azul e estacionamentos. No entanto, motoristas se despreocupam em observar se há sinalização ou não e preferem a comodidade.
MAIS PROBLEMAS
A Radial também passa por outro problema ao longo de sua extensão: a falta de mais recuos que facilitem o deslocamento de veículos com algum tipo de avaria ou mesmo quando os carros estão envolvidos em algum acidente. Dependendo do trecho e horário em que ocorreu a quebra ou batida (sem vítima), os motoristas ficam “ilhados” esperando por um guincho da CET ou particular para tirar os veículos da avenida. Enquanto isso, outros condutores são obrigados a enfrentar quilômetros de congestionamentos.
AMBULÂNCIAS
O transtorno maior, nesse caso, está relacionado a ambulâncias, veículos do Corpo de Bombeiros e das próprias polícias Civil e Militar, que às vezes precisam deslocar presos para hospitais, presídios ou para laboratórios de análise da polícia. Para a motorista Andréia Lima, a CET necessita rever esta questão. “É inadmissível que a Companhia fique sem alternativas e acabe contribuindo para o caos no trânsito ao invés de ajudar”, constatou.
O OUTRO LADO
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a baia existente na Rua Melo Freire (Radial), no sentido centro, próxima a estação Tatuapé do Metrô, está corretamente sinalizada com placa de proibição para estacionamento irregular de veículos. O uso do espaço é liberado apenas em casos de emergência (pane, avaria, colisão e outros).
FISCALIZAÇÃO
Segundo a assessoria, o trabalho de fiscalização no entorno é efetivo, a partir do monitoramento por câmeras, postos avançados em pontos estratégicos, além da presença constante de agentes de campo, com o objetivo de coibir infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
A CET lembra, ainda, que de acordo com o artigo 181, inciso XIX, do CTB, é expressamente proibido estacionar “em locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinalização (placa – Proibido Parar e Estacionar)”, cuja infração grave soma 5 pontos da carteira, remoção do veículo e multa de R$ 127,69.
REMOÇÃO
Conforme a Companhia, quando agentes verificam uma ocorrência no local, a viatura mais próxima é acionada para fazer a remoção do veículo até um local seguro. Caso não seja a viatura, então um guincho fica responsável pelo trabalho de remoção. Na falta da baia, o veículo é encaminhado para uma via transversal à Avenida Radial Leste. A Companhia relatou que estuda a possibilidade de ampliação das baias em outros pontos da Radial Leste, que serão implantadas seguindo o cronograma de trabalhos.